Pelo menos 100 mortos “foram vacinados” no Paraná, diz comissão da Alep

  • Caso deve virar investigação criminal porque a cada dia surgem novos casos em que mortos foram vacinados

    Um cruzamento de dados feito pela Corregedoria Geral da União (CGU) e Secretaria de Saúde do Estado do Paraná apontou que entre as pessoas vacinadas até agora no Paraná aparecem os CPFs de pessoas que já morreram há anos.

    A revelação foi feita pelo presidente da Comissão Especial instalada na Assembleia Legislativa do Paraná para apurar possíveis irregularidades no cumprimento da ordem de vacinação contra a covid-19 no Estado, deputado Delegado Fernando Francischini (PSL).

    O grupo de trabalho esteve na região noroeste para investigar indícios de irregularidades em Apucarana e Umuarama, como o caso de uma suposta enfermeira que estaria vendendo doses de vacina contra a covid-19, em Apucarana, e o desvio de dinheiro da saúde pública em Umuarama.

     

    Investigação será ampliada

    Segundo Francischini, em Umuarama, além do desvio de R$ 19 milhões que já está em apuração pelo Ministério Público, Gaeco, Gepatrias e Câmara de Vereadores, a comissão se deparou com o fato de números de documentos de pessoas mortas há anos aparecerem nas fichas dos vacinados contra a covid-19.

    São dois casos em Umuarama, mas o presidente da comissão diz que outros casos já foram detectados no Estado, principalmente por meio de um cruzamento da CGU e Secretaria da Saúde. Já são mais de 100 casos em que mortos foram vacinados.

    O deputado disse que as informações estão sendo compartilhadas com o Ministério Público e polícias para investigação mais profunda. Há a suspeita, segundo ele, de que pode existir uma quadrilha atuando para desviar doses da vacina.

    Comentários estão fechados.