Por Leticia Ferreira. Especial para o Maringá Post.
O colecionismo é definido como a prática que os indivíduos possuem de guardar, organizar, expor ou trocar diversos itens de demasiadas categorias. No mundo todo, milhares de pessoas possuem coleções das mais variadas coisas possíveis.
Neste ano, a febre do momento é colecionar itens relacionados à Copa do mundo – especialmente os álbuns de figurinhas.
O álbum, vendido em mais de 150 países, está disponível nas bancas desde o dia 19 de agosto. Nesta edição, as figurinhas estão sendo produzidas em versões mais raras, brilhantes e em cores diferenciadas, sendo chamadas de Legends (lendárias). A figurinha mais rara deste álbum é a brilhante do jogador Neymar Júnior, avaliada para revenda em aproximadamente R$ 9 mil.
A Primeira Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Uruguai, em 1930. A competição não teve fases eliminatórias e os 13 países participantes foram convidados a participarem dos jogos.
Já o primeiro álbum de figurinhas só foi produzido 20 anos depois, em 1950, pela fábrica de balas A Americana. Naquele mesmo ano, a copa foi realizada no Brasil. Alguns colecionadores possuem álbuns da fábrica até os dias de hoje.
Esse é o caso do aposentado Cláudio Anacleto, 49 anos, que coleciona os álbuns da copa desde os nove anos. Atualmente, ele possui mais de 200 álbuns e sete mil figurinhas da copa do mundo e de times de futebol. “A primeira copa que acompanhei foi em 1982. Porém, coleciono álbuns desde a copa do mundo de 1958”, conta o aposentado.
Neste ano, a competição será no Catar, país do Oriente Médio. A abertura dos jogos ocorrerá neste dia 20 de novembro.
Álbuns e figurinhas
Com o crescente aumento do número de colecionadores, muitas bancas esgotaram todo o estoque de álbuns e figurinhas disponíveis logo nas primeiras semanas de venda. Os valores do álbum variam de R$ 12 para a versão normal e R$ 44,90 para a edição de capa dura. Já o pacote com cinco figurinhas custa R$ 4,00.
Para completar o álbum, é necessário colecionar 670 figurinhas, desembolsando aproximadamente R$ 550, isso sem contar as possíveis figurinhas repetidas.
O interesse por colecionar os álbuns de figurinhas não se limita apenas aos apreciadores de futebol. Esse é o caso do estudante, Luiz Felipe Bebiano de Faria, 10 anos, que é apreciador de vôlei, mas decidiu começar a colecionar as figurinhas da Copa. “Eu vi meus amiguinhos da escola com o álbum, as propagandas na televisão e fiquei muito animado. Eu achei muito bonito o colorido do álbum e das figurinhas, podendo ver a diferença dos uniformes dos países e aí decidi colecionar também”.
Colecionadores
Para iniciar uma coleção, é necessário que alguns objetivos sejam traçados. O principal é escolher colecionar algo que desperte interesse e que tenha algum conhecimento acerca dele. Investir moderadamente e saber os pontos positivos e negativos são imprescindíveis. “Começar a colecionar sozinho é uma opção, mas o ideal é participar de grupos de colecionadores via WhatsApp, Facebook ou até mesmo fazer trocas presenciais”, complementa o aposentado Cláudio Anacleto.
Além de colecionar álbuns e figurinhas, é possível começar a colecionar outros itens relacionados ao futebol, como camisas de time, cachecóis, ingressos de jogos, canecas, flâmulas, selos e vários outros. Basta escolher um desses itens e começar a coleção.
Com a seleção brasileira ganhando o hexa, é esperado que os itens de coleções e álbuns da copa sofram uma supervalorização no mercado dos colecionadores. E é provável ainda que os álbuns e figurinhas da copa deste ano se esgotem novamente nas bancas e até no mercado online.
Seleção Brasileira
Segundo o estudo “Quem Torce Também Joga”, realizado pela agência de pesquisa de comportamento Apoema, aproximadamente 62% dos brasileiros irão torcer e acompanhar os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. A pesquisa foi realizada com mais de mil pessoas por todo o território nacional. 71% dos entrevistados estão esperançosos com a possibilidade da seleção ganhar o Hexa.
Para o aposentado Cláudio Anacleto, a seleção vai ter problemas para conquistar o título. “Esperança sempre existe, mas será uma tarefa muito árdua, o Brasil ficou parado no tempo da evolução do futebol”, explica.
Já o estudante Luiz Felipe Bebiano de Faria, está esperançoso e pretende assistir todos os jogos. “A taça é muito bonita e a minha tia, que gosta de futebol, falou que temos muitas chances, pois a seleção brasileira está com jogadores muito bons. Eu estou animado e vou assistir a todos os jogos”, finaliza.
Foto: rawpixel.com/Freepik
Projeto Acadêmico com alunos de Jornalismo da Faculdade Maringá
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