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O sambista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (23), aos 66 anos. A informação foi confirmada pela família do artista nas redes sociais. Ele estava afastado da carreira desde 2017, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que afetou suas habilidades motoras e cognitivas.
Nascido em Madureira, bairro do Rio de Janeiro, Arlindo destacou-se pela riqueza melódica e pela força do partido-alto em suas composições. Começou a carreira tocando cavaquinho no disco “Roda de Samba” de Candeia, em 1975.
Nos anos 1970, ajudou a fundar a roda de samba do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, que reuniu grandes nomes do samba. Também introduziu o banjo no samba. Em 1982, integrou o grupo Fundo de Quintal, com o qual gravou dez álbuns.
Na década de 1990, iniciou carreira solo e lançou nove discos. Segundo o Ecad, compôs cerca de 795 músicas. Suas canções foram gravadas por artistas como Mart’nália e Zeca Pagodinho.
Desde 1986, fazia parte da Ala dos Compositores do Império Serrano, escola para a qual criou sambas-enredo memoráveis nos carnavais de 1989, 1995 e 1996. Também compôs para outras escolas do Rio.
Seu último samba-enredo foi em 2016, com “Silas canta Serrinha”, para o Império Serrano. No Carnaval de 2023, a escola prestou homenagem a Arlindo, que desfilou ao lado da esposa, Babi Cruz, com quem foi casado por 35 anos.