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Nesta quinta-feira (6), os três homens acusados pelo assassinato do rapper XXXTentacion foram condenados à prisão perpétua, nos Estados Unidos, sem possibilidade de liberdade condicional. A sentença foi proferida por um tribunal de Fort Lauderdale, no sudeste da Flórida.
O músico morreu em 2018, após ser baleado durante um assalto a uma loja de motocicletas, no sul do estado. Na ocasião, os criminosos fugiram com 50 mil dólares (aproximadamente R$261 mil) em dinheiro e uma bolsa de grife.
Os acusados Michael Boatwright, de 28 anos, Dedrick Williams, de 26, e Trayvon Newsome, de 24, compareceram ao tribunal dias após o júri os condenarem por homicídio em primeiro grau, ou seja, com premeditação, e assalto à mão armada. Ao ler a sentença, o juiz Michael A. Usan relembrou a eles que nunca sairão da prisão com vida.
“Daqui você será colocado em uma cela, que tem uma laje de aço inoxidável presa à parede, essa será a sua cama.
Você passará todas as horas, todos os dias, todas as semanas e todos os anos de sua vida naquela cela. Um dia, eles (os guardas) virão e abrirão aquela cela pela manhã e você terá falecido. E somente nesse dia você terá cumprido sua pena”, enfatizou Usan.
O julgamento
O julgamento, que se estendeu pelos últimos cinco anos, finalmente chegou ao fim quando o júri condenou Michael
Boatwright, Dedrick Williams e Trayvon Newsome por assassinato em primeiro grau e assalto à mão armada.
Durante os argumentos finais, a acusação conectou o trio ao tiroteio do lado de fora da Riva Motorsports, no subúrbio de Fort Lauderdale, por meio de vídeos de câmeras de segurança. XXXTentacion, cujo nome verdadeiro era Jahseh Onfroy, tinha acabado de deixar a concessionária com um amigo quando sua BMW foi bloqueada por um SUV.
Por fim, os promotores apresentaram o depoimento de um quarto homem, Robert Allen, ex-amigo dos réus que disse ter participado do roubo. Ele se declarou culpado no ano passado de assassinato em segundo grau, mas não foi condenado. Allen pode ser solto em breve ou receber prisão perpétua, dependendo da posição dos promotores sobre sua ajuda no caso.
Os advogados de defesa do trio acusaram o rapaz de ser um “mentiroso motivado a evitar uma vida na prisão”. Eles também acusaram os promotores e detetives de terem conduzido uma investigação ruim, que não considerou outros possíveis suspeitos, incluindo o rapper canadense Drake, que tinha uma rixa antiga com XXXTentacion.
Informações Hugo Gloss
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