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No primeiro trimestre de 2024, 16% do volume total de vendas do comércio brasileiro originou-se de canais digitais, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Este índice é um aumento em relação aos 15,5% do trimestre anterior e é o mais alto desde o segundo trimestre de 2021, quando as vendas digitais atingiram 21,2% devido às restrições da pandemia.
O estudo revela que o crescimento contínuo das vendas online é impulsionado principalmente pelo varejo restrito, incluindo setores como livros e papelaria, possivelmente devido à demanda por materiais escolares. Por outro lado, segmentos como veículos e construção viram uma diminuição nas vendas online, influenciados pelo período de férias e Carnaval.
Atualmente, 32,8% das empresas do comércio não realizam vendas online, um aumento em relação ao trimestre anterior, mas ainda significativamente menor do que os 49,7% pré-pandemia. A pesquisa da FGV Ibre, que começou a acompanhar o comércio eletrônico em 2020, conta com a participação de cerca de 800 empresas de diversos tamanhos e regiões.
A economista Geórgia Veloso, do FGV Ibre, prevê que as vendas digitais continuarão em ascensão, impulsionadas por um cenário econômico favorável com juros menores, aumento da renda e controle da inflação, incentivando mais investimentos em digitalização por parte das empresas.