Chuvas dos últimos dias dificultam plantio de soja, milho e feijão no Paraná

A colheita do trigo também está prejudicada; cerca de 50% da safra ainda não foi colhida e há indicação de perdas em parte das lavouras.

  • As chuvas frequentes registradas em setembro e nesta primeira metade de outubro dificultam a colheita do trigo e o plantio de soja, milho e feijão no Paraná. Para as lavouras já implantadas, o excesso de umidade provoca a perda da qualidade. A análise está no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 7 a 14 de outubro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

    No caso do trigo, que tem aproximadamente 50% da safra a ser colhida, as áreas consideradas ruins subiram de 4% para 7% no prazo de uma semana, devido quase que exclusivamente ao excesso de chuva. As lavouras que sofreram anteriormente com a seca e as geadas já foram colhidas.

    Dos cerca de 500 mil hectares que restam para a colheita, 69% estão em condições boas – eram 73% na semana anterior – e 24% estão em situação média de qualidade. As lavouras consideradas melhores foram plantadas mais tarde e podem necessitar de mais aplicações de fungicidas, com aumento de custo e, possivelmente, produtividade restringida.

    MILHO E SOJA – Com poucas condições para o agricultor entrar com as máquinas nas áreas de produção, o plantio da soja e do milho evolui de forma mais lenta no Estado. Ao solo encharcado unem-se as temperaturas mais baixas que o esperado para o período, acarretando impactos pontuais no planejamento do produtor, que sente a pressão de atraso no plantio e acende o alerta para a janela da segunda safra.

    A semeadura do milho já atingiu 75% da área estimada e o desenvolvimento é satisfatório, com 91% em boas condições e 9%, medianas. A soja segue com menos intensidade de plantio, alcançando 26% da extensão projetada. No campo, 98% têm condição boa e 2%, mediana.

    FEIJÃO E FRUTA – A mesma situação prejudicial ao plantio se verifica com o feijão, que tem aproximadamente 54% já semeados. O excesso de umidade e as baixas temperaturas também não favorecem o desenvolvimento do que já está no campo. Mesmo assim, ainda é mantida a expectativa de que sejam colhidas 243 mil toneladas, o que significa aumento de 24% em relação ao obtido no ano passado, quando a estiagem afetou profundamente a produção.

    Agência Estadual de Notícias / Foto: Agência Brasil

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