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Um ex-mecânico da Voepass afirmou, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (16), que a queda do voo 2283, em Vinhedo (SP), era previsível. Ele relatou que a aeronave acumulava falhas constantes e que os alertas sobre os problemas foram ignorados pela chefia da manutenção. O acidente, ocorrido em 9 de agosto de 2024, deixou 62 mortos.
“Era o avião que mais dava pane. A gente avisava que ele estava ruim. A manutenção sabia, reportava, mas a chefia insistia em colocar a aeronave para voar”, relatou.
Segundo o portal Metrópoles, o ex-funcionário também denunciou irregularidades na manutenção da frota, incluindo a reutilização de peças retiradas de aviões parados em um matagal e a falta de ferramentas adequadas para os reparos. Ele afirmou ainda que a empresa tentou esconder aeronaves da fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cobrindo-as com lonas antes de uma vistoria.
“Eles mandaram cobrir porque sabiam que a Anac faria uma vistoria. Estavam escondendo os aviões”, afirmou.
A Voepass teve suas operações suspensas pela Anac em 11 de março deste ano, devido a problemas de segurança. Familiares das vítimas do voo 2283 criaram uma associação para acompanhar as investigações e cobram justiça.
Em resposta ao Fantástico, a Voepass negou as acusações, afirmando que sempre priorizou a segurança e que suas aeronaves estavam certificadas. A empresa declarou que pretende retomar suas operações o mais rápido possível.