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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira (6), que havia arsênio na farinha usada para o preparo do bolo que causou a morte de três pessoas de uma mesma família em Torres.
A substância, altamente tóxica, foi identificada nas amostras analisadas pela perícia após as vítimas consumirem o bolo durante a confraternização de fim de ano no dia 23 de dezembro de 2024.
As vítimas fatais foram identificadas como Neuza Denize Silva dos Anjos (65 anos), Tatiana Denize Silva dos Anjos (47 anos) e Maida Berenice Flores da Silva (59 anos). Três pessoas sobreviveram, sendo Zeli Teresinha dos Anjos (61 anos), responsável por preparar o bolo, a única que ainda está hospitalizada, mas com quadro estável.
A principal suspeita, Deise Moura dos Anjos, foi presa preventivamente no domingo (5), acusada de ter colocado arsênio na farinha do bolo. A investigação também revelou que uma desavença familiar de mais de 20 anos entre ela e a sogra, Zeli, pode ser a motivação do crime.
Embora os detalhes do conflito não tenham sido totalmente divulgados, a polícia indicou que existem provas substanciais ligando Deise ao envenenamento. Ela pode responder por tripo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e uso de veneno, além de tentativa de homicídio contra outras três pessoas.
As investigações foram ampliadas para reexaminar a morte do ex-marido de Zeli, em setembro de 2024. Na época, a morte foi considerada natural, por intoxicação, mas agora a polícia iniciou a exumação do corpo para verificar se houve uso de substâncias tóxicas nesse caso também.
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