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Análises laboratoriais iniciais confirmaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que passaram mal após consumirem um bolo durante uma confraternização familiar em Torres, no litoral do Rio Grande do Sul.
Ao todo, seis parentes ingeriram o doce no encontro ocorrido na última segunda-feira (23 de dezembro). Duas pessoas seguem internadas, incluindo a mulher que preparou o bolo.
O arsênio é uma substância altamente tóxica, capaz de causar graves danos à saúde e até levar à morte. Ele pode estar presente na natureza ou ser resultado de atividades humanas, como mineração e uso de agrotóxicos.
A forma mais perigosa da substância, o arsênio inorgânico, tem histórico de uso como veneno e arma química. A ingestão de doses elevadas pode provocar sintomas como vômitos, dor abdominal, diarreia, dormência, cãibras musculares e, em casos extremos, morte.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul continua apurando as circunstâncias do envenenamento. Durante as investigações, um detalhe chamou a atenção: o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro, supostamente por intoxicação alimentar.
Na época, a morte foi tratada como natural, mas agora um novo inquérito foi aberto. A polícia solicitou a exumação do corpo para verificar se o caso pode estar relacionado aos envenenamentos recentes.
“Como tivemos ciência hoje desse fato, instauramos um inquérito policial e vamos exumar o corpo deste senhor para verificar se houve envenenamento também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Veloso.
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