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Um suposto guia espiritual de 54 anos é réu por estuprar fiéis, tanto mulheres adultas quanto adolescentes, em Ponta Grossa (a cerca de 310 km de Maringá). Segundo a delegada Claudia Krüger, responsável pelo caso, ele teria engravidado duas vítimas menores de idade.
O homem, identificado como Roderley Amorim Ramos, está preso preventivamente desde o dia 10 de outubro.
Até agora, 11 pessoas formalizaram denúncias contra o réu. Destas, seis relataram ter sofrido abusos durante a adolescência e, entre elas, duas afirmaram que engravidaram após o estupro, quando tinham 13 e 16 anos de idade.
Diante disso, foram realizados exames periciais genéticos, que vieram a confirmar que o suspeito é pai das crianças.
Ainda de acordo com a delegada, o homem se aproveitava da vulnerabilidade emocional e das crenças das vítimas para cometer os crimes.
O Ministério Público denunciou Roderley Amorim Ramos por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Somando os crimes, ele pode ser condenado a 31 anos de prisão, mas o tempo pode ser aumentado, considerando que os abusos resultaram em gravidez.
Em depoimento à polícia, o réu negou as acusações. A defesa dele disse que vai se manifestar apenas no processo.
A Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas podem procurar a delegacia para fazer denúncias. A corporação atende pelo telefone 197.
Denúncias
Durante as investigações, as vítimas descreveram o suspeito de diferentes maneiras, incluindo como curandeiro e pai de santo. Isso sugere que ele pode ter adotado múltiplos “personagens” para ganhar a confiança das pessoas e cometer os crimes.
Em nota, a Federação de Umbanda do Estado do Paraná esclareceu que o suspeito não é associado à entidade e não possui um terreiro formalizado.
“A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, que se fundamenta no respeito à dignidade humana, à diversidade e ao sagrado. Os rituais de Umbanda são pautados pela ética, pelo respeito e pelo compromisso com o bem-estar físico, emocional e espiritual dos participantes. A Federação ainda ressalta que em nenhum momento, seja em atendimentos, giras ou demais práticas, há qualquer espaço ou tolerância para condutas que desrespeitem a integridade física ou moral de qualquer indivíduo”, reforçou a instituição.
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