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Especialistas em educação defendem a proibição do uso de celulares em sala de aula, medida recentemente aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e que segue para votação no Senado. A restrição, que já é realidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), visa melhorar a interação entre alunos e professores, além de reduzir distrações causadas pelo uso excessivo da tecnologia.
A professora Sandhra Cabral, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, destaca que a medida é essencial devido à falta de orientação sobre o uso adequado da internet entre crianças e adultos. Ela aponta os malefícios do uso indiscriminado dos aparelhos, como prejuízos à cognição e à concentração.
Embora reconheça os benefícios, Cabral alerta que a transição pode ser desafiadora para alunos acostumados com o celular. Ela sugere que as escolas adotem atividades pedagógicas interativas e aulas de educação midiática para minimizar o impacto inicial da proibição e preparar os alunos para o uso responsável da tecnologia.
Para Andreia Schmidt, pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a medida permitirá aos estudantes maior interação social, favorecendo o aprendizado emocional e a convivência com as diferenças. Ela acredita que a escola deve ser um ambiente livre das telas para que os jovens possam se concentrar nas demandas reais do mundo, tanto acadêmicas quanto sociais.
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