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Nesta sexta-feira (29), um médico foi preso, suspeito de matar a própria mãe, uma idosa de 74 anos, em Ponta Grossa (a cerca de 310 km de Maringá). O crime aconteceu no apartamento em que os dois moravam.
O homem procurou a Guarda Civil Municipal, dizendo que supostamente tinha encontrado a mãe morta na residência. Isso levou os agentes a pensarem que o óbito teria sido por causas naturais.
No entanto, uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve no local e identificou sinais evidentes de agressão na cabeça e rosto da idosa. Além disso, o suspeito tinha marcas de arranhões no pulso e braço esquerdo, o que levantou suspeitas sobre o depoimento dele.
A Polícia Civil, que foi acionada em seguida, apurou com vizinhos da idosa que ela havia sido constantemente agredida pelo filho. A Polícia Científica, após realizar perícia no local, confirmou lesões de diferentes momentos.
Segundo o delegado Guilherme Fontana, é provável que a vítima tenha sido agredida com socos, e que o filho bateu a cabeça dela contra o solo. Durante a madrugada, vizinhos ouviram barulhos vindos do apartamento, que, de acordo com a perícia, podem ter sido causados pelos golpes que a idosa sofreu.
“Segundo relatos, as agressões são frequentes e que por várias vezes órgãos de segurança já foram até o local, mas a vítima relatava que o filho passava por problemas e já havia ingerido medicamento para se acalmar. O suspeito é médico, mas estava afastado, possivelmente, em razão dos transtornos mentais”, conta o delegado.
O suspeito, identificado como médico formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), disse à polícia que foi afastado da profissão por apresentar transtornos psicológicos durante os plantões, embora não tenha apresentado laudo médico que comprovasse o diagnóstico.
A Polícia Civil investiga ainda a condição do homem e os relatos de vizinhos, que afirmaram ter ouvido as agressões e chamado a polícia diversas vezes. Em algumas ocasiões, a vítima teria pedido para que o filho não fosse levado à delegacia devido aos seus transtornos mentais.
O caso está sendo tratado como feminicídio, e o suspeito permanece detido enquanto a polícia investiga as circunstâncias do crime.
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