Justiça ouve testemunhas em caso de paranaense acusado de matar esposa e filha de 3 anos no Japão

O crime pode ter sido motivado pelo receio do suspeito de perder seu Certificado de Residência no Japão, caso a esposa pedisse o divórcio.

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    A Justiça Federal do Paraná (JFPR) inicia, nesta terça-feira (26), a escuta das testemunhas e do réu Anderson Robson Barbosa, acusado de assassinar a esposa e a filha no Japão.

    O suspeito, que é natural de Londrina (a cerca de 100 km de Maringá), é investigado pelo feminicídio de Manami Aramaki, de 29 anos, e pelo homicídio da filha do casal, Lily, de apenas 3 anos. De acordo com autoridades do Japão, as vítimas foram mortas a facadas em agosto de 2022.

    O inquérito japonês revela que Manami havia compartilhado com amigos a intenção de se separar. A motivação para o crime seria o medo de Anderson Barbosa de perder seu Certificado de Residência no Japão, caso a esposa pedisse o divórcio.

    Ainda de acordo com o inquérito, o suspeito ligou para um amigo no dia 22 de agosto de 2022 – dois dias antes das vítimas serem encontradas mortas no apartamento da família. Durante a conversa, ele teria dito a frase: “bati na esposa e acabei matando. Sem a mãe seria muito triste e acabei matando a filha também”.

    Após o crime, Anderson Barbosa fugiu para o Brasil, onde ficou foragido até julho de 2023, quando foi preso preventivamente. Desde então, ele aguardava o andamento do processo.

    O caso, que chocou tanto o Brasil quanto o Japão, ganhou destaque pela brutalidade do crime, e agora entra em uma nova fase no processo judicial, com a coleta de depoimentos que serão essenciais para esclarecer os detalhes do caso.

    De acordo com a Justiça Federal, todas as testemunhas convocadas residem no Japão, o que fará com que as audiências ocorram de forma virtual e no período da noite, para se ajustarem ao fuso horário entre os dois países.

    O réu será o último a prestar depoimento, com a previsão de que sua audiência aconteça no dia 4 de dezembro.

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