Padre é um dos indiciados por golpe de Estado e tem quase meio milhão de seguidores nas redes sociais

José Eduardo de Oliveira e Silva tem suposto envolvimento em um plano golpista para manter Jair Bolsonaro no poder.

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    O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco (SP), foi indiciado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Outras 36 pessoas também estão sendo sendo investigadas por crimes contra a democracia.

    De acordo com a Polícia Federal, o padre teria participado de reuniões com o ex-presidente Bolsonaro e outras figuras-chave para discutir alternativas como a decretação de estado de sítio, prisão de autoridades e a realização de novas eleições.

    A denúncia foi corroborada por depoimentos de aliados do ex-presidente, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada.

    No início de novembro, o padre prestou depoimento à Polícia Federal e negou as acusações. Segundo ele, os encontros com Bolsonaro eram para “apoio espiritual” e não tinham relação com política. Uma das entradas dele no Palácio do Planalto foi em 19 de novembro de 2022, quando era construído um suposto plano de golpe. 

    Além de ser sacerdote, José Eduardo de Oliveira e Silva tem muitos seguidores nas redes sociais e oferece cursos sobre temas religiosos. Ele é acusado de fazer parte de um esquema golpista que inclui, entre outros, o ex-presidente Bolsonaro e o general Braga Netto.

    Este é o primeiro caso em que um ex-presidente é indiciado por tentativa de golpe de Estado. O caso está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e será encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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