Instinto materno: Pinscher adota filhote de gato e começa a amamentá-lo

A cadela, chamada de “Pelúcia”, adotou o gatinho “Tadeu” e começou a produzir leite para amamentá-lo, mesmo sem nunca ter engravidado.

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    Uma história inusitada chamou a atenção em Teixeira Soares (a cerca de 360 km de Maringá), quando uma pinscher adotou um filhote de gato e começou a produzir leite para amamentá-lo, mesmo sem nunca ter engravidado.

    A cadela, chamada de “Pelúcia”, tem um ano de idade e nunca cruzou com nenhum cachorro. Ela também nunca tinha visto um gato antes, até que a família adotou o gatinho, batizado de Tadeu.

    Tadeu foi resgatado pela família após a gata de uma chácara próxima começar a perder os filhotes na mata. Antes disso, ele estava sendo alimentado com leite de vaca, utilizando uma seringa. A convivência com Pelúcia começou com cautela, mas logo o filhote passou a se aproximar da cadela.

    “No começo, estávamos com medo da Pelúcia atacar o Tadeu. Ela chegava, cheirava e saía de perto, mas ele sempre tentava se aproximar – até que teve um dia que ela deitou com ele, na caixinha que fizemos de ‘caminha’, e ele começou a tentar mamar nela. Dias depois, vi que estava saindo leite e gravei o vídeo pra mostrar para a minha mãe”, explicou Fernanda.

    Mais tarde, Fernanda postou o vídeo nas redes sociais, mostrando a cadela amamentando o gatinho.

    Veja o vídeo a seguir:

    Entenda o comportamento animal

    O médico veterinário Robson Klimionte explicou que situações como essa, embora raras, podem ocorrer devido ao instinto materno e à ação de hormônios específicos. “A ocitocina, conhecida como o hormônio de mãe, é responsável por estimular a lactação e o comportamento materno. Provavelmente, o contato com o filhote de gato desencadeou essa resposta no organismo da cadela”, afirmou.

    Ele também destacou que esse comportamento não é exclusivo de casos como o de Pelúcia e Tadeu. “Existem situações em que fêmeas adotam objetos, como ursinhos de pelúcia ou chinelos, devido à liberação de hormônios durante uma gravidez psicológica”, completou o veterinário.

    A história de Pelúcia e Tadeu emociona e ressalta como o instinto animal pode ultrapassar barreiras entre espécies, criando laços únicos de amor.

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