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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo Federal estão implementando novas medidas para fortalecer o complexo industrial e de serviços de saúde no Brasil. Conforme informações da Agência Gov, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, anunciou que uma das principais ações será o lançamento de um fundo destinado a investir em startups de saúde, especialmente nas deep techs.
Além disso, está previsto que o governo Lula lançará em 2025 um fundo de infraestrutura social de R$ 10 bilhões voltado para o setor de saúde. Gordon enfatizou que este investimento é crucial para reduzir a dependência do Brasil em relação a insumos farmacêuticos ativos (IFAs), um desafio significativo enfrentado durante a pandemia de covid-19.
O diretor também destacou que o segmento de fármacos e biofármacos representa uma das maiores demandas de financiamento do BNDES. Ele mencionou que a instituição está atenta às necessidades do setor e que a criação de uma taxa acessível é essencial para apoiar a inovação.
Durante o evento CNN Talks, promovido pela CNN Brasil, especialistas e autoridades discutiram a atual situação da saúde no país. O painel contou com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Alckmin apontou o déficit comercial no complexo industrial da saúde, ressaltando que o Brasil importa cerca de 55% dos insumos de saúde. Ele estabeleceu metas ambiciosas para aumentar a produção nacional, com objetivos de 50% até 2026 e 70% até 2033, por meio de parcerias com o BNDES e a Finep.
Nísia Trindade reafirmou a importância do fortalecimento da indústria nacional e da autonomia na produção de medicamentos e insumos. Ela destacou os avanços do Ministério da Saúde no combate às filas de cirurgias e exames acumulados durante a pandemia, mencionando programas para acelerar o atendimento.
Sobre a judicialização da saúde, o ministro Gilmar Mendes comentou o aumento significativo de processos relacionados à saúde pública e suplementar, enfatizando a necessidade de desjudicialização. Mendes também apresentou iniciativas para controlar a distribuição de medicamentos no SUS e criar um banco de dados que auxilie juízes em suas decisões.
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