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Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, ingressou com uma ação judicial contra o ex-coach Pablo Marçal e a clínica Mais Consulta, buscando uma indenização de R$ 150 mil, após a divulgação de um laudo forjado que acusava Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.
O documento, divulgado por Marçal na véspera do primeiro turno das eleições em São Paulo, afirmava que Boulos teria sido atendido na clínica em janeiro de 2021 com um surto psicótico grave, supostamente causado pelo uso da droga. No entanto, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal confirmaram a falsificação do laudo.
A ação, que tramita na 9ª Vara Cível de São Paulo, alega crimes de falsidade ideológica e calúnia, ressaltando que as atitudes do empresário e da clínica prejudicaram gravemente a memória do médico José Roberto de Souza.
Segundo a petição, “o legado, a reputação, a honra e a imagem do Dr. José Roberto de Souza foram amplamente violados pelas atitudes dos requeridos. Quem mais sofre com esses atos sórdidos são os filhos, as pessoas mais próximas, que, além de enfrentarem a perda do ente querido, têm que suportar situações que ultrapassam todas as barreiras do aceitável.”
Carla Maria, representada por seu advogado, destacou que os principais prejudicados por esses atos são os filhos do médico, que além de lidar com a dor da perda, têm sua honra manchada por informações falsas.
Como parte da reação, nas últimas semanas, ela também protocolou ações na Justiça Comum e Eleitoral para tentar barrar a candidatura de Marçal, mas ambas foram rejeitadas. O pedido na Justiça Comum foi arquivado por ser de competência da Justiça Eleitoral, e o na Eleitoral foi indeferido por já estar em apuração em outro processo.
Até o momento, Marçal e sua assessoria não se manifestaram sobre o processo. A defesa de Luiz Teixeira, ex-proprietário da clínica, negou qualquer envolvimento na falsificação.
A médica Aline Souza, também filha do médico José Roberto de Souza, já havia se pronunciado sobre o caso no dia 5 de outubro deste ano. Em um vídeo postado nas redes sociais, ela afirmou que seu pai, já falecido, nunca trabalhou na clínica mencionada no laudo divulgado por Pablo Marçal.
Aline destacou a gravidade da situação, enfatizando que o nome e o CRM de seu pai foram utilizados de forma inadequada:
“Aconteceu uma coisa um tanto quanto absurda no meio dessas campanhas políticas. Não sei o porquê e em qual contexto foi usado o nome e o CRM do meu pai pelo Pablo Marçal.” Ela reafirmou que “o meu pai jamais trabalhou nesta clínica que foi divulgada.”
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