Endividamento das famílias brasileiras cai em agosto, mas inadimplência permanece alta

Pesquisa da CNC revela queda no endividamento pelo segundo mês consecutivo, porém comprometimento da renda e inadimplência ainda preocupam.

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    O endividamento das famílias brasileiras registrou queda em agosto pelo segundo mês consecutivo, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual de famílias com dívidas a vencer caiu para 78%, em comparação aos 78,5% de julho. No entanto, o índice ainda está acima do registrado em agosto de 2022, que foi de 77,4%.

    O cenário reflete uma maior cautela das famílias quanto ao uso de crédito, embora o número de famílias que se consideram “muito endividadas” tenha subido para 16,8%.

    Em termos de inadimplência, o percentual de famílias com dívidas em atraso manteve-se estável em 28,8% pelo terceiro mês consecutivo, mas o número de famílias que não conseguem pagar essas dívidas aumentou para 12,1%. Além disso, 48,6% das dívidas em atraso têm mais de 90 dias, o maior índice desde março de 2020. O comprometimento médio da renda familiar com o pagamento de dívidas chegou a 29,6% em agosto.

    Apesar da redução no endividamento geral, o uso de crédito ainda é elevado, com o cartão de crédito sendo a principal modalidade entre os devedores, presente em 85,7% dos casos. O crédito pessoal também aumentou, refletindo as recentes reduções nas taxas de juros dessa modalidade. O estado do Rio Grande do Sul, que enfrentou enchentes em maio, registrou aumento do endividamento, alcançando 92,9% em agosto, o maior desde outubro de 2023.

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