Paraná deve ultrapassar 12 milhões de habitantes até 2027, diz IBGE

População estadual cresce até 2044, com aumento significativo na faixa etária mais velha; Brasil verá desaceleração no crescimento populacional.

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    O Paraná, atualmente com 11,44 milhões de habitantes, deve ultrapassar a marca de 12 milhões até 2027, conforme os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O crescimento populacional do estado continuará até 2044, quando a população deve atingir 12,46 milhões. Após esse período, o número de habitantes deverá começar a diminuir.

    Os dados do Censo 2022 mostram que, em 2027, o Paraná terá aproximadamente 570 mil residentes a mais do que no último recenseamento. No entanto, o crescimento populacional do Brasil em geral começará a desacelerar após 2041, atingindo um pico de 220,4 milhões de habitantes, com uma previsão de redução para 199,2 milhões até 2070. Estados como Rio Grande do Sul e Alagoas iniciarão a redução populacional em 2027, enquanto Mato Grosso será o último a enfrentar essa mudança.

    O envelhecimento da população é uma tendência significativa no Paraná. De 2024 a 2070, a idade média dos paranaenses aumentará de 36,4 para 48 anos, e a proporção de idosos subirá de 17% para 36,9%. A expectativa de vida também aumentará, passando de 76,8 anos em 2024 para 83,9 anos em 2070.

    O presidente do Ipardes, Jorge Callado, destacou a importância desses dados para o planejamento de políticas públicas estaduais, incluindo o desenvolvimento de programas voltados para a crescente população idosa, como o Condomínio do Idoso.

    O IBGE também analisou a taxa de fecundidade, revelando que o Paraná tem a maior taxa de fecundidade do Sul do Brasil, com uma média de 1,59 filhos por mulher, acima da média nacional de 1,57. A redução na taxa de fecundidade é atribuída a fatores como urbanização, maior escolaridade feminina e o uso de métodos contraceptivos.

    Essas projeções são essenciais para a formulação de políticas públicas e o cálculo de recursos como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE), de acordo com Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE.

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