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A prematuridade continua sendo a principal causa de mortalidade infantil no Brasil. Em 2023, mais de 15 mil bebês morreram devido a complicações relacionadas ao nascimento prematuro, segundo dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal, do DataSUS.
Esse número é cinco vezes superior às mortes por pneumonia, a segunda maior causa de óbitos infantis no país.
Fatores de risco e causas
A prematuridade resulta de uma combinação complexa de fatores médicos, sociais e econômicos. Entre os principais riscos estão o histórico familiar de parto prematuro, gravidez múltipla, má nutrição durante a gestação e a ausência de cuidados pré-natais regulares.
Doenças como a hipertensão arterial e o diabetes gestacional também contribuem para o parto prematuro. Gestações em mulheres muito jovens (abaixo de 18 anos) ou em idades avançadas (acima dos 40) aumentam significativamente o risco. Hábitos como o tabagismo agravam ainda mais essa situação.
Consequências da prematuridade
Bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação enfrentam sérios desafios. Problemas respiratórios, complicações neurológicas e dificuldades de desenvolvimento são comuns. Muitos recém-nascidos precisam de cuidados intensivos em unidades de terapia intensiva neonatal (UTI neonatal) por meses.
Após a alta hospitalar, esses bebês frequentemente necessitam de cuidados especiais em casa, incluindo o uso de oxigênio portátil e acompanhamento médico constante. O impacto emocional nas famílias é profundo, marcado por incertezas e o luto.
A Importância do pré-natal
A prevenção é essencial para reduzir os índices de prematuridade no Brasil. Acesso a cuidados pré-natais de qualidade, incluindo exames regulares e monitoramento constante da saúde da gestante, pode identificar precocemente fatores de risco e permitir intervenções eficazes.
Iniciativas de saúde pública que promovam a educação sobre a importância do pré-natal, alimentação adequada e a conscientização sobre os riscos de hábitos nocivos, como o tabagismo, são fundamentais. O suporte psicológico às gestantes em situações de risco também ajuda a reduzir o estresse, que pode contribuir para o parto prematuro.
Atenção constante
A prematuridade, como maior causa de mortalidade infantil no Brasil, requer atenção constante. Com prevenção adequada, cuidados médicos de qualidade e apoio às famílias, é possível melhorar as chances de vida e saúde dos recém-nascidos. Sensibilizar a sociedade e fortalecer políticas públicas de saúde são passos essenciais para mudar essa realidade.
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