Tempo estimado de leitura: 3 minutos
A desnutrição entre idosos continua a ser um problema significativo no Brasil, com 93.868 mortes registradas entre 2000 e 2021, conforme estudo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O levantamento, divulgado pelo portal O DIA, mostra que, embora a taxa de mortalidade por desnutrição tenha diminuído entre pessoas de 60 a 79 anos, permanece alta entre os idosos com 80 anos ou mais.
A pesquisa, que utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, revela que em 2021 a taxa foi de 10,6 mortes por 100 mil pessoas. Ronilson Ferreira Freitas, pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e orientador do estudo, destaca a preocupação com a persistência de taxas elevadas de mortalidade.
O estudo aponta que a desnutrição em idosos não se limita à ingestão insuficiente de calorias, mas também à baixa ingestão de proteínas, o que prejudica a qualidade de vida e aumenta o risco de quedas e fraturas. Problemas de saúde, como demências e doenças crônicas, além de fatores socioeconômicos como a redução de renda na aposentadoria, contribuem para o problema.
A pesquisa indica que a mortalidade por desnutrição é mais alta em idosos de estados do Nordeste e em analfabetos. Simone Fiebrantz Pinto, nutricionista especializada, ressalta a importância da educação em saúde para melhorar a nutrição entre os idosos e a necessidade de políticas públicas adequadas.
A nutricionista também aponta que políticas públicas, como o cuidado com a saúde bucal e programas de hortas comunitárias, têm mostrado eficácia. No entanto, ela defende uma busca mais ativa por idosos em risco de desnutrição.
Freitas conclui que, apesar de avanços, é crucial revisar e aprimorar as políticas públicas de saúde para enfrentar o envelhecimento populacional e melhorar a nutrição dos idosos no futuro.
Comentários estão fechados.