Polícia suspeita que adolescente grávida desaparecida no Paraná foi assassinada

O principal suspeito, Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê, está preso preventivamente e deve responder por homicídio e ocultação de cadáver.

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    A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) acredita que Isis Victoria Mizerski, uma adolescente grávida de 17 anos que desapareceu em 6 de junho, está morta. O principal suspeito, Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê, está preso preventivamente e deve responder por homicídio e ocultação de cadáver. As informações foram divulgadas pelo G1 Paraná.

    As investigações indicam que Isis desapareceu há 53 dias após sair para se encontrar com Marcos. Dois dias antes, ele foi visto em uma farmácia pedindo um remédio abortivo.

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    Foto: Reprodução

    No dia do desaparecimento, o suspeito foi filmado na região onde Isis enviou sua localização à mãe antes de sumir. Imagens de câmeras de segurança levantaram dúvidas sobre a veracidade do depoimento de Marcos.

    Em nota, a Polícia Civil afirmou estar utilizando todos os recursos técnicos e humanos disponíveis para elucidar o caso e encontrar a jovem desaparecida. As diligências continuam sem previsão de término. A prisão temporária de Marcos, iniciada em 17 de junho, foi prorrogada por mais 30 dias.

    A defesa de Marcos nega as acusações e argumenta que a prisão foi influenciada pelo clamor social, sem novos indícios de crime. Três testemunhas afirmaram que Marcos procurou remédios abortivos dias antes do desaparecimento de Isis, mas ele alegou que a jovem pediu o medicamento. Familiares de Isis afirmam que ela pretendia ter o bebê e estava escolhendo o nome da criança.

    A última vez que Isis foi vista, ela disse à prima que se encontraria com Marcos para discutir a gravidez. A partir das 18h05, câmeras de segurança registraram o carro de Marcos próximo à PR-340. Às 18h15, Isis enviou sua localização à mãe, que ficou preocupada após a mensagem ser apagada.

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    Foto: Reprodução
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    Foto: Reprodução

    A quebra de sigilo dos celulares de Isis e Marcos revelou que ele esteve no mesmo local que a adolescente nos dois dias seguintes ao desaparecimento. Buscas com drones e cães farejadores foram realizadas, mas nenhum vestígio de Isis foi encontrado.

    Marcos se entregou à polícia em 17 de junho após ser considerado foragido. No dia 25 de junho, o Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas por falta de indícios, mas retomou no dia seguinte, focando em margens de rios após denúncias anônimas.

    A Polícia Civil continua investigando, agora sob a liderança do delegado Matheus Campos Duarte. A corporação acredita que Isis está morta e que Marcos ocultou o corpo. As investigações seguem para concluir o inquérito e assegurar a punição do responsável.

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