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A mulher vítima de estupro em Curitiba, que pediu socorro em um aplicativo de entrega de comida, conseguiu fazer a denúncia através do campo de comentários de descrição do pedido.
Ao encomendar um hambúrguer, a jovem de 26 anos relatou o ocorrido e solicitou que o restaurante chamasse a polícia. Na mensagem, ela escreveu: “Manda a polícia pra esse endereço. Fui estuprada e violentada”.
O caso ocorreu na última segunda-feira (8). Em entrevista ao g1, a mulher explicou que teve a ideia de usar o aplicativo após assistir a uma reportagem na televisão sobre um caso semelhante. Antes de conseguir ajuda do restaurante, ela havia tentado contato com uma pizzaria, mas sua mensagem foi ignorada.
“Eu vi na TV uma vez e mandei para uma pizzaria, mas não acreditaram em mim. Estava perdendo as esperanças”, relatou a vítima.
A mulher aproveitou o momento em que o suspeito foi tomar banho para fazer o pedido e enviar a mensagem de socorro.
Ao receber o alerta, a equipe do restaurante imediatamente contatou a Polícia Militar, que se dirigiu à residência onde a vítima estava. No local, os agentes encontraram a mulher junto com um homem de 65 anos, que foi preso.
A vítima informou à polícia que tinha um relacionamento breve com o homem e que ambos têm uma filha de um ano e três meses. Ela e a criança estavam hospedadas na casa do suspeito desde sexta-feira (5), quando, segundo o Boletim de Ocorrência (B.O), ocorreram os abusos.
“Gostaria que passasse em todos os canais para servir de alerta para as mulheres que têm medo. Tive a coragem de pedir ajuda porque eram muitas ameaças de morte e eu estava com medo de morrer e ele torturar a nossa filha”, falou.
Após ser resgatada, a mulher enviou uma nova mensagem ao restaurante, desta vez agradecendo pela ajuda.
“Olá, eu sou a mulher que mandou mensagem pedindo ajuda. Não sei como agradecer, estou muito aliviada. Você salvou duas vidas, obrigada por me atender e acreditar em mim, Deus abençoe todos vocês. Graças a vocês, a polícia chegou a tempo”, escreveu.
A proprietária da empresa, que preferiu não ser identificada, expressou alívio ao conseguir auxiliar a vítima.
“Inicialmente toda a equipe ficou tensa, preocupada com o que poderia estar acontecendo. Quando a gente teve o retorno que estava tudo bem, que a vítima já tinha sido encaminhada ao hospital, que a filha estava bem e o rapaz tinha sido preso, foi alívio no coração”, relembra.
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