Brasil alcança 45% de cobertura em saúde bucal; meta é 70%

Para 2024, o governo federal destinou R$ 4,3 bilhões à saúde bucal, um aumento de 123% em relação ao ano anterior.

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    O Brasil atualmente possui cerca de 45% de cobertura em saúde bucal, de acordo com índices divulgados hoje pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante evento que celebra os 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal, realizado em Brasília. O governo federal estabeleceu como meta alcançar pelo menos 70% de cobertura.

    A ministra ressaltou os esforços recentes do governo para melhorar esse índice:

    “Desde o ano passado, a partir de um trabalho de recomposição orçamentária, com o fim da PEC 95 e com a prioridade dada pelo governo federal a essa política, conseguimos, de fato, uma ampliação – e isso passa, naturalmente, pela questão da priorização no orçamento”, avaliou.

    A ministra da Saúde destaca que, atualmente, o Brasil tem R$ 4,3 bilhões de investimento em saúde bucal, o que representa um crescimento de 123% em relação ao ano passado.

    O evento também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sancionou o projeto de lei que integra a Política Nacional de Saúde Bucal, conhecida como Brasil Sorridente, à Lei Orgânica da Saúde.

    Com esse investimento, o Ministério da Saúde pretende implementar mais de 6 mil equipes de saúde bucal e 100 Centros de Especialidades Odontológicas, além de adquirir 300 Unidades Odontológicas Móveis.

    Dados da pesquisa Saúde Bucal Brasil 2020/2023, também divulgados nesta quinta-feira, mostraram avanços significativos, especialmente entre as crianças. O estudo revelou que 53% das crianças de 5 anos entrevistadas não apresentavam cáries, um aumento de 14% em comparação com a pesquisa anterior, realizada em 2010.

    O levantamento, que entrevistou mais de 40 mil pessoas nas 27 capitais e em 403 municípios do interior, incluindo 7.198 crianças, indicou melhorias notáveis nas regiões Sul (40,7%), Sudeste (21,9%), Nordeste (17,1%) e Norte (11,2%). No entanto, a região Centro-Oeste registrou uma ligeira queda, de 38,8% para 37,9%, na proporção de crianças livres de cáries.

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