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Nesta quinta-feira (30), Donald Trump fez história ao se tornar o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado por um crime. Segundo a agência Reuters, um júri de Nova York o considerou culpado de falsificação de documentos para encobrir um pagamento de suborno destinado a silenciar uma atriz pornô antes das eleições de 2016.
O veredicto foi alcançado após dois dias de deliberações intensas. O júri, composto por 12 membros, precisou chegar a um consenso unânime para qualquer decisão, e o fez ao declarar Trump culpado em todas as 34 acusações apresentadas contra ele.
Durante a leitura do veredicto, Trump manteve uma postura impassível, observando os jurados sem qualquer demonstração de emoção. Cada jurado foi individualmente questionado para confirmar o veredicto de culpa.
A condenação de Trump lança os Estados Unidos em um cenário político sem precedentes a poucos meses da eleição presidencial de 5 de novembro. Trump, que é o principal candidato republicano, busca recuperar a presidência de Joe Biden, o atual presidente democrata.
Com 77 anos, Trump nega qualquer irregularidade e é esperado que ele apele da decisão judicial. A pena máxima para os crimes pelos quais foi condenado pode chegar a quatro anos de prisão, embora seja comum que sentenças por esse tipo de delito incluam penas mais leves, como multas ou liberdade condicional. Mesmo que seja encarcerado, isso não o impediria de fazer campanha ou assumir o cargo, caso vença a eleição.
Essa condenação adiciona uma nova camada de complexidade à já tumultuada paisagem política americana, enquanto o país se prepara para uma das eleições mais observadas e potencialmente divisivas de sua história recente.
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