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Um grupo de dez indivíduos, condenados ou sob investigação por envolvimento nos ataques às instituições governamentais brasileiras em 8 de janeiro, fugiram do país após danificar suas tornozeleiras eletrônicas. De acordo com informações divulgadas pela Banda B, os esses fugitivos fazem parte de um contingente maior de 51 suspeitos com mandados de prisão pendentes, relacionados aos eventos pós-eleitorais de 2022.
Os foragidos, identificados em um levantamento, atravessaram as fronteiras dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, buscando refúgio na Argentina e no Uruguai. Dentre eles, sete já possuem condenações pelo Supremo Tribunal Federal, com penas superiores a dez anos, por participação em tentativas de golpe.
A maioria dos fugitivos provém das regiões Sul e Sudeste do Brasil, com uma idade média de 50 anos, sendo seis mulheres. O estudo baseou-se em dados do STF e do CNJ, além de entrevistas com pessoas próximas aos envolvidos.
Um dos foragidos, autoproclamado exilado político, busca apoio financeiro através das redes sociais para sua estadia no exterior, incluindo a venda de produtos e uma rifa de um carro. As autoridades policiais dos estados mencionados não receberam solicitações para perseguir os fugitivos, e não há registros de alertas da Interpol.
Os defensores legais dos suspeitos contestam as acusações de vandalismo e golpismo, argumentando que seus clientes buscavam proteção durante os ataques. Um fugitivo reivindica ter solicitado asilo político na Argentina, embora as autoridades argentinas mantenham a confidencialidade dessas informações.
Conforme a legislação brasileira, a destruição da tornozeleira e subsequente fuga não implicam em aumento de pena, mas resultam na perda do regime aberto, revertendo para regimes mais restritivos. Ajudar na fuga, contudo, é considerado crime.