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Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, de 59 anos, foi presa no sábado (11) após 17 anos foragida, acusada de matar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, em um crime que chocou a Região Metropolitana de Curitiba.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil do Paraná, pelo Ministério Público do Paraná e pela Justiça, revela uma saga de tentativas para localizá-la ao longo dos anos.
O crime ocorreu em fevereiro de 2007, em Quatro Barras, quando Andréa foi asfixiada após um almoço em família. Tânia, juntamente com o padrasto da vítima, Everson Luís Cilian, de 54 anos, que também está preso, são os principais suspeitos.
Após anos de fuga, Tânia foi finalmente encontrada em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, onde estava utilizando um nome falso, se apresentando como Lurdes. Sua captura ocorreu dois dias após a exibição do programa Linha Direta, da TV Globo, que trouxe o caso à tona, incentivando denúncias.
Encaminhada para o sistema prisional de Apucarana, a acusada, que não prestou depoimento devido ao mandado de prisão em aberto, foi diretamente encaminhada ao sistema penitenciário.
Até o momento, Tânia não possui defesa constituída no processo. Em contrapartida, a família da vítima recebeu a notícia da prisão com alívio, conforme expressou a advogada Taís de Sá, que representa o viúvo de Andréa, Juliano Saldanha.
O processo contra Tânia e Everson teve uma trajetória complexa, marcada pela dificuldade em localizar os acusados. Mesmo foragida, Tânia foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado em 2007. Everson, por sua vez, tornou-se réu em 2023 e enfrentará julgamento na próxima semana.
O caso, que teve desdobramentos judiciais ao longo dos anos, revelou uma trama familiar macabra, onde Tânia e Everson buscavam a guarda do neto da primeira, supostamente como parte de um plano arquitetado antes do crime.
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