No último sábado (4), um homem de 40 anos teve a morte cerebral confirmada pelo Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, após ter sido atropelado por uma viatura da Polícia Militar no dia 30 de maio. O caso aconteceu em Guarapuava (cerca de 290 km de Maringá).
No dia do acidente, a vítima, identificada como Alcione Antonio Rosa Pires, estava caminhando lentamente no meio da rua. Alguns veículos conseguem desviar, mas a viatura colide com o homem, que é derrubado ao chão.
O atropelamento aconteceu no bairro Conradinho e foi registrado por uma câmera de segurança. Veja o vídeo a seguir:
Vídeo: Câmera de segurança
Em seguida, é possível ver que o motorista da viatura dá marcha à ré e tanto ele quanto um passageiro saem do veículo oficial para verificar a situação.
Nove minutos depois, a ambulância do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) chega ao local para prestar atendimento à vítima, que foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e depois transferida para o Hospital São Vicente, em estado grave.
Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Militar confirmou que os dois homens que estavam na viatura são policiais e afirma que abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Leia a nota na íntegra:
“A Polícia Militar do Paraná (PMPR) foi informada que circula nas redes sociais um vídeo onde um pedestre é derrubado por uma viatura, sendo em seguida socorrido pelo Samu.
Foi determinada a imediata instauração de Inquérito Policial Militar para apurar todas as circunstâncias que envolvem o fato.
A PMPR reitera seu compromisso inabalável com os direitos humanos, a lei, a ordem e a ética, e repudia veementemente qualquer comportamento contrário a esses princípios, mantendo sua dedicação integral à proteção e ao bem-estar da população paranaense”.
Apesar de o incidente ter ocorrido em Guarapuava, o 16º Batalhão da PM esclareceu que a viatura envolvida pertence a outra unidade.
Ao verificar o vídeo da câmera de segurança, família de Alcione Antônio acredita que o atropelamento foi proposital e clama por justiça.
“Foi uma coisa proposital, foi muito de propósito isso que aconteceu. Porque ele [o tio] parou e aconteceu o que aconteceu. Não foi acidente. Está nítido nas imagens que não foi por acidente que aconteceu o que aconteceu”, afirma Ana Cláudia, sobrinha da vítima.
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