Dono de Porsche não é localizado para prisão; empresário é considerado foragido

Durante o processo, foi revelado que a defesa de Fernando ofereceu um salário mínimo à família da vítima, o que foi percebido como desrespeitoso pelo filho da vítima.

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    A Polícia Civil de São Paulo não conseguiu localizar o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, acusado de homicídio doloso e lesão corporal gravíssima, após diligências em seu apartamento neste sábado, 04. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça, mas o réu permanece foragido.

    Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as buscas continuam para encontrar e capturar Fernando. Seu advogado, Jonas Marzagão, declarou que o empresário pretende se entregar após uma reunião com o juiz na segunda-feira (6), buscando garantir sua segurança e preferindo ser detido no presídio de Tremembé. A informação foi dada pela Folha de São Paulo.

    O caso remonta ao dia 31 de março, quando Fernando colidiu na traseira do veículo de Ornaldo da Silva Viana, um motorista de aplicativo de 52 anos, resultando em sua morte. A perícia indicou que Fernando dirigia a 156 km/h, enquanto Ornaldo estava a 40 km/h. Se condenado, ele pode enfrentar até 20 anos de prisão.

    A Secretaria da Segurança Pública (SSP) reconheceu uma falha no procedimento policial. O empresário se apresentou à delegacia mais de 30 horas após o acidente.

    A ordem de prisão ocorre após quatro solicitações do Ministério Público, com três rejeições anteriores pela Justiça. Segundo informações apuradas pela Folha de S. Paulo, Lucas Morais, filho da vítima, expressou alívio com a decisão judicial favorável à prisão preventiva.

    Durante o processo, foi revelado que a defesa de Fernando ofereceu um salário mínimo à família da vítima, o que foi percebido como desrespeitoso pelo filho da vítima. A Justiça aceitou o último pedido de prisão após alegações de influência de Fernando no depoimento de sua namorada e a existência de outros boletins de ocorrência envolvendo o empresário em acidentes de trânsito.

    O Ministério Público acusa Fernando de ter consumido álcool antes do acidente e de negligenciar os conselhos para não dirigir. Além disso, um amigo do procurado também foi gravemente ferido no acidente. A promotoria critica a falha dos policiais em não realizar o teste de bafômetro e a subsequente liberação de Fernando para ir ao hospital, onde nunca chegou.

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