Homem tenta sequestrar médica usando máquina de choque; ele alega que queria só conversar

O suspeito alega que não tinha a intenção de machucar a vítima, apenas queria falar com ela sobre uma dívida financeira.

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    David da Silva Thimoteo, de 35 anos, está preso desde o dia 11 de abril, acusado de tentar sequestrar uma médica usando uma máquina de choque. O caso aconteceu no centro de Ponta Grossa (cerca de 300 km de Maringá).

    Ao ser questionado, o suspeito alega que sua intenção era apenas falar com a médica sobre uma dívida financeira. “Eu ia conversar com ela apenas. É que ela correu e gritou ‘polícia!’ e eu me assustei só”, disse.

    De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima identificou o suspeito como o gerente comercial de uma seguradora que atende a rede de postos de combustíveis do pai dela.

    Câmeras de segurança capturaram o momento em que David, após sair de um carro locado, abordou a médica de 31 anos quando ela saiu do consultório onde trabalha. Ela corre até uma loja de roupas, e o suspeito tenta imobilizá-la com um golpe conhecido como mata-leão, além de usar a máquina de choque.

    Em seguida, a mulher consegue se desvencilhar e o suspeito corre para a rua, onde é contido por comerciantes e um policial de folga. Ele foi preso em flagrante.

    Dentro do veículo usado por David, a polícia encontrou abraçadeiras, fita adesiva, roupas femininas e dinheiro em espécie, o que levantou suspeitas sobre a possibilidade de um sequestro planejado. O fato de ele ter removido as placas do carro também contribuiu para essa percepção.

    VERSÃO DO SUSPEITO

    Em depoimento, David afirma que intermediou a venda de dois caminhões para clientes que não pagaram pelas dívidas. Por isso, ele estaria sendo ameaçado pelo vendedor, que faz parte de uma organização criminosa.

    O suspeito disse que pretendia conversar com a médica e o pai dela sobre alternativas para uma dívida de R$ 3 milhões.

    “Gostaria de falar para a vítima que não foi sequestro, eu só agarrei ela porque me espantei com uns rapazes que estavam me ameaçando. Ela gritou e eu dei um choque de taser nela, do qual eu me arrependo também, mas não teve arma de fogo e eu nunca pensei em machucá-la”,

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