Morador de Apucarana é o primeiro condenado pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Matheus Lima de Carvalho está preso preventivamente na Papuda desde o episódio. Nessa sexta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a execução da pena, fixada em 17 anos de prisão.

  • Matheus Lima de Carvalho está preso preventivamente na Papuda desde o episódio. Nessa sexta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a execução da pena, fixada em 17 anos de prisão.

    Por Victor Ramalho

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nessa sexta-feira (15) a execução da pena do primeiro condenado pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Trata-se de Matheus Lima de Carvalho, morador de Apucarana (a 60 quilômetros de Maringá) que participou da ação na Praça dos Três Poderes. Ele está preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, desde janeiro.

    Carvalho foi o primeiro dos acusados a ser julgado pelo STF, no dia 14 de setembro. Ele foi condenado pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

    A pena foi fixada em 17 anos de prisão, sendo 15 anos e seis meses de reclusão em regime fechado e um ano e seis meses de em regime aberto. A decisão consta na Ação Penal Nº 1183.

    A execução da pena foi determinada pelo Tribunal após esgotar-se os prazos e possibilidades de recurso. O paranaense também é o primeiro dos acusados pelos atos de 8 de janeiro a ter a execução de pena determinada pela Justiça.

    Na ocasião, de acordo com o STF, ele foi preso quando retornava ao QG do Exército, após invadir a sede do Congresso Nacional, portando um canivete. Ele tentou fugir da polícia. Em mensagens de áudio encontradas em seu celular, o acusado dizia à esposa que era necessário “quebrar tudo, fazer uma guerra, tomar o poder” para “esperar o Exército entrar”.

    Foto: Ilustrativa/Arquivo/Agência Brasil

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