TRE-PR adia depoimento de Sergio Moro em processo que pode levar à cassação do senador

Depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública seria colhido nesta quinta-feira (16). Justiça Eleitoral concedeu prazo maior para defesa analisar documentos.

  • Depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública seria colhido nesta quinta-feira (16). Justiça Eleitoral concedeu prazo maior para defesa analisar documentos.

    Por Redação

    O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) suspendeu o depoimento de Sergio Moro (União Brasil), que seria colhido nesta quinta-feira (16), no âmbito do processo que pode levar à cassação do senador. A medida veio após uma decisão da Justiça Eleitoral, que concedeu um prazo maior para a defesa de Moro analisar documentos que foram anexados ao processo fora do prazo.

    Agora, a previsão é de que o depoimento seja colhido no dia 7 de dezembro, conforme apuração da Banda B. Outras testemunhas, como o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, também serão ouvidas.

    Moro é alvo de duas ações no TRE-PR, impetradas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL), que foram unificadas no mesmo processo.

    As duas legendas acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico durante a campanha que o elegeu para o Senado, em 2022. Na argumentação do processo, PT e PL afirmam que Moro, juntamente com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, “orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”.

    Moro filiou-se ao Podemos em novembro de 2021 e ficou na legenda até março de 2022, na condição de pré-candidato à Presidência da República. Após a candidatura não decolar, deixou o partido rumo ao União Brasil, onde em um primeiro momento tentou ser candidato ao Senado por São Paulo. Com problemas na transferência do domicílio eleitoral, se candidatou ao mesmo cargo, mas pelo Paraná.

    Os partidos também acusam o maringaense de gastos indevidos no período de pré-campanha. No processo, é citado o gasto de R$ 200 mil no evento de filiação do ex-Ministro da Justiça ao Podemos, em 11 de novembro de 2021. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a Corte quer ouvir representantes do Podemos e do União Brasil, antigo e atual partido do senador, no processo.

    Foto: Arquivo/Agência Brasil

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