Uma Comissão de Estudos formada por vereadores averiguou a situação da construção, após uma cratera se abrir na Avenida Paraná, em abril. Relatório final será entregue ao legislativo nesta terça-feira (7).
Por Redação
Não foram encontradas irregularidades na estrutura do túnel que corta o Novo Centro de Maringá, por onde passa a linha férrea. É o que concluiu o relatório da Comissão Especial de Estudos sobre o túnel do Novo Centro, formada na Câmara de Maringá no mês de abril, após uma cratera se abrir no cruzamento das avenidas Paraná e Horácio Racanello.
A Comissão foi instituída no dia 20 de abril, com o objetivo de estudar a construção e averiguar se ela apresentava algum risco para a comunidade. Passados 7 meses de trabalho, o documento foi finalizado e será entregue à Câmara nesta terça-feira (7). No relatório, os vereadores destacam apenas os sinais de desgaste natural, como goteiras, que precisam de manutenção.
Fizeram parte da Comissão Especial de Estudos os vereadores Sidnei Telles (Avante), Alex Chaves (MDB) e Rafael Roza (Solidariedade). “O túnel foi feito para suportar até a passagem de bitrens; portanto, não há riscos quanto à estrutura”, afirmou o vereador Sidnei Telles, que é Engenheiro Civil.
O documento, que tem cerca de 100 páginas, reúne as atas das reuniões, fotos, laudos e informações prestadas por diversos profissionais ouvidos pela comissão, entre eles servidores da prefeitura, funcionários da Concessionária Rumo e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Sanepar.
“A informação mais surpreendente que tivemos ao longo do trabalho de investigação foi o fato de que, ao que tudo indica, o túnel de Maringá é o único do Paraná que não está sob a completa responsabilidade da Rumo. A concessionária está responsável apenas pelo tráfego e não pela manutenção da estrutura, o que deveria ser corrigido com um aditivo no contrato”, explicou Sidnei.
Também chamou a atenção da Comissão a ausência de documentos sobre a construção do túnel, que foi feito pela empresa Urbamar, com recursos do município. “Infelizmente muita coisa se perdeu ao longo dos anos, inclusive em um incêndio na sede da empresa, o que dificultou que tivéssemos acesso, por exemplo, aos cadernos técnicos da obra”, explica o vereador.
Legenda: Cratera que se abriu no cruzamento das avenidas Paraná e Horácio Racanello, no dia 18 de abril | Foto: Corpo de Bombeiros
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