Empresas paranaenses têm o quarto maior índice de inadimplência do país em setembro

A região com menos empresas com dívidas atrasadas foi o Norte, com os menores índices em Piauí, Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.

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    A Serasa Experian divulgou nesta terça-feira (7) que o Indicador de Inadimplência das Empresas mostrou que o número de companhias com contas em atraso ficou estável em setembro, em relação a agosto. Segundo o levantamento, mais de 6,59 milhões de empresas estavam com o CNPJ negativado no mês passado, somando uma dívida total de R$ 122,2 bilhões.

    O valor médio de cada conta não paga foi de R$ 2.596,30. A região com mais empresas inadimplentes foi o Sudeste, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A região com menos empresas com dívidas atrasadas foi o Norte, com os menores índices em Piauí, Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.

    O setor de serviços foi o que teve mais empresas negativadas, com 54,4% do total, seguido pelo comércio, com 36,7%. A indústria representou 7,6% das empresas inadimplentes, enquanto o setor primário ficou com 0,9%. Outros segmentos, como financeiro e terceiro setor, somaram 0,4%.

    A maior parte das dívidas das empresas foi com outros setores, como indústrias, terceiro setor e primário, que responderam por 28,5% do total. O setor menos afetado pela inadimplência foi o de securitizadoras, que são instituições financeiras que oferecem crédito com liquidez e sem dívidas, com apenas 1,1% do total.

    O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, avaliou que a estabilidade na inadimplência das empresas pode ser um reflexo da queda da taxa Selic e da inflação, que melhoram o poder de compra dos brasileiros e, consequentemente, o caixa das companhias. Ele disse que a expectativa é que as empresas consigam recuperar um pouco mais de fôlego e reduzir a insolvência nos próximos meses, com a retomada da economia.

    O levantamento da Serasa Experian também mostrou que as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as mais afetadas pela inadimplência em setembro, representando 5,82 milhões do total de empresas negativadas. Essas empresas tinham mais de 40,3 milhões de contas em atraso, que somavam R$ 98,1 bilhões. A média foi de 6,9 contas não pagas por CNPJ no Brasil.

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