TRE-PR marca data do depoimento de Sergio Moro em processo de cassação

Ex-ministro da Justiça será ouvido pelo órgão no dia 16 de novembro. Audiência faz parte de duas ações pedindo a cassação do senador, impetradas por PT e PL.

  • Ex-ministro da Justiça será ouvido pelo órgão no dia 16 de novembro. Audiência faz parte de duas ações pedindo a cassação do senador, impetradas por PT e PL.

    Por Redação

    O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) marcou para o dia 16 de novembro o depoimento do senador Sergio Moro (União Brasil), em um processo que investiga o provável crime de abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2022. Caso o processo caminhe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há a possibilidade de Moro perder o mandato.

    A informação sobre a data do depoimento é do colunista Pedro Ribeiro, do Paraná Portal. Inicialmente, o depoimento será prestado de forma remota, mas a possibilidade dele ocorrer presencialmente. Moro é alvo de duas ações no TRE-PR, impetradas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL), que foram unificadas no mesmo processo.

    As duas legendas acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico durante a campanha que o elegeu para o Senado, em 2022. Na argumentação do processo, PT e PL afirmam que Moro, juntamente com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, “orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”.

    Moro filiou-se ao Podemos em novembro de 2021 e ficou na legenda até março de 2022, na condição de pré-candidato à Presidência da República. Após a candidatura não decolar, deixou o partido rumo ao União Brasil, onde em um primeiro momento tentou ser candidato ao Senado por São Paulo. Com problemas na transferência do domicílio eleitoral, se candidatou ao mesmo cargo, mas pelo Paraná.

    Os partidos também acusam o maringaense de gastos indevidos no período de pré-campanha. No processo, é citado o gasto de R$ 200 mil no evento de filiação do ex-Ministro da Justiça ao Podemos, em 11 de novembro de 2021. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a Corte quer ouvir representantes do Podemos e do União Brasil, antigo e atual partido do senador, no processo.

    Foto: Arquivo/Agência Brasil

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