Senador é alvo de ações na Justiça Eleitoral que o acusam de abuso de poder econômico durante a campanha de 2022.
Por Redação
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) marcou para o dia 27 de novembro o início do julgamento do senador Sergio Moro (União Brasil), acusado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL) de abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2022. A informação é do colunista Alexandre Teixeira, da Banda B.
As ações de PT e PL foram unidas no mesmo processo, como mostrou o Maringá Post em junho. No processo, os dois partidos pedem que Moro, caso condenado, fique inelegível por até oito anos. A decisão de uma possível cassação de mandato, no entanto, não caberia ao TRE-PR, mas sim ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As duas legendas acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico durante a campanha que o elegeu para o Senado, em 2022. Na argumentação do processo, PT e PL afirmam que Moro, juntamente com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, “orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”.
Moro filiou-se ao Podemos em novembro de 2021 e ficou na legenda até março de 2022, na condição de pré-candidato à Presidência da República. Após a candidatura não decolar, deixou o partido rumo ao União Brasil, onde em um primeiro momento tentou ser candidato ao Senado por São Paulo. Com problemas na transferência do domicílio eleitoral, se candidatou ao mesmo cargo, mas pelo Paraná.
Os partidos também acusam o maringaense de gastos indevidos no período de pré-campanha. No processo, é citado o gasto de R$ 200 mil no evento de filiação do ex-Ministro da Justiça ao Podemos, em 11 de novembro de 2021. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a Corte quer ouvir representantes do Podemos e do União Brasil, antigo e atual partido do senador, no processo.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
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