Professora é afastada após gritar e arrancar carteira de aluna em escola

Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo disse que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar.

  • Foto: Reprodução 

    Um vídeo que mostra uma professora de uma escola estadual em Sales Oliveira, no interior de São Paulo, gritando e arrancando a carteira de uma aluna adolescente causou revolta nas redes sociais. A educadora foi afastada da sala de aula pela Secretaria da Educação de São Paulo, que abriu uma apuração sobre o caso.

    O vídeo foi gravado na segunda-feira (28) e mostra a professora agachada em frente à aluna, que está com a cabeça e o braço abaixados sobre a carteira. A aluna levanta a cabeça e o braço, e parece tocar na professora com o movimento. A professora se levanta, puxa a carteira da aluna e começa a gritar com ela.

    “Vai para a direção agora que eu vou fazer um boletim de ocorrência porque você tá me agredindo dentro da sala de aula!”, diz a professora. Vários alunos assistem à cena pela porta da sala.

    A mãe da aluna, Edinalva Moreira Ferreira, disse à TV Globo que a filha toma remédios controlados, tem depressão e faz acompanhamento médico. Ela afirmou que a escola sabe do problema da menina. “Isso é um trauma que ela vai carregar, ela não quer mais ir pra escola, ela tem 13 anos, é uma adolescente, isso como mãe dói, porque a gente quer proteção, quer proteger o filho da gente”, disse Edinalva.

    O caso gerou repercussão nas redes sociais. O apresentador Marcos Mion, que tem um filho no espectro autista, comentou o caso e criticou a falta de preparo de educadores para lidar com crianças neurodivergentes. “Isso me destrói. Não é possível. Até quando os profissionais que são obrigados a lidar com crianças com deficiência intelectual não serão qualificados?”, escreveu o apresentador.

    Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo disse que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar. A pasta disse que entrou em contato com os responsáveis pela aluna e afastou a professora da sala de aula. “Uma apuração foi aberta, sendo que, ao final processo, a docente poderá ter seu contrato rescindido”, disse a secretaria.

    O caso foi registrado pela escola na Placon, plataforma do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar da rede estadual.

     

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