Jornalistas foram agredidos por seguranças durante uma coletiva de imprensa que cobria a reunião dos líderes sul-americanos. O incidente ocorreu na saída do Palácio do Itamaraty, onde o evento ocorria.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi o último a deixar o local na noite de terça-feira (30), e aproveitou para falar à imprensa. No momento em que ele deixava o local, ainda respondendo a perguntas dos jornalistas, as agressões tiveram início.
Os jornalistas Delis Ortiz da TV Globo, Sergio Roxo de O Globo e Sofia Aguiar da Agência Estado, foram alguns dos profissionais que relataram ter sido agredidos. Ortiz alegou ter recebido um soco no peito, Roxo foi arrastado pela roupa e posteriormente imobilizado, enquanto Aguiar foi empurrada por um segurança.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro manifestou-se logo após o incidente, lamentando o ocorrido e garantindo a investigação das responsabilidades. De maneira semelhante, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República também condenou as agressões, garantindo a adoção de medidas para evitar repetições desse episódio.
O encontro de líderes sul-americanos, organizado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, tinha como objetivo revitalizar mecanismos de integração regional. O evento contou com a presença de líderes como Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname) e Luís Lacalle Pou (Uruguai), que deixaram o local sem incidentes.
Entidades como a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão)e a ANJ (Associação Nacional de Jornalistas) expressaram seu repúdio às agressões. A ABERT, em nota oficial, criticou veementemente a violência, afirmando que tais ações contra a imprensa são “injustificáveis e inaceitáveis”, especialmente em um governo democrático como o Brasil.
A ANJ, por sua vez, emitiu uma declaração enfatizando que a “violência contra a imprensa é inaceitável em uma democracia”. A entidade aguarda uma investigação detalhada e justa pelos órgãos competentes, esperando que os responsáveis sejam devidamente punidos, independentemente de sua nacionalidade.
Foto: Reprodução / TV Globo
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