Infarto Fulminante

O infarto só acontece quando há obstrução nas artérias do coração, chamadas de coronárias. Mas isso não acontece de uma hora para outra.

  • É bastante comum, depois de acontecer um óbito súbito, principalmente em atendimento de urgências, e quando diagnosticada a “causa mortis” como infarto fulminante, há comentários invariáveis dos familiares inconformados com a perda repentina e inesperada acontecida com o ente querido: “Mas doutor, ele estava bem nos últimos dias, não estava sentindo nada. Ele não teve dor nenhuma. Caiu!”

    Segundo os dados apresentados online e em tempo real pela Associação Brasileira de Cardiologia em seu site pelo Cardiômetro, todos os dias, em média uma pessoa morre por problemas cardíacos a cada 90 segundos no Brasil.

    E isso passa despercebido pela maioria dos brasileiros que, nem sabem que tem algum problema com o seu coração e que também segundo a Associação pode chegar a 14 milhões de pessoas, segundo informações que já falamos sobre elas, aqui neste espaço.

    O infarto só acontece quando há obstrução nas artérias do coração, chamadas de coronárias. Mas isso não acontece de uma hora para outra.

    A obstrução das coronárias é feita por placas de gordura que, com o passar do tempo, anos e anos na verdade, vão se juntando e acabam prejudicando a circulação do sangue, provocando falta de sangue e oxigênio ao músculo cardíaco que causam alterações no metabolismo e levam ao registro de arritmias que podem ser fatais. Pode-se afirmar com certeza que, o infarto fulminante acontece por causa desta falta de nutrição ao coração.

    Mas os parentes podem ter razão. O falecido pode se enquadrar em pelo menos em um, de três tipos de sintomas que podem ser registrados a uma vítima desta intercorrência. Há aqueles que realmente não sentem nenhuma dor, o infarto pode ser assintomático, mas isso não quer dizer que por algumas horas anteriores, não possa ter sentido nenhum incômodo, mas ter passado, não despercebida, mas tolerados pelo paciente, sem imaginar o que está para acontecer.

    Esta é, sem dúvida a forma mais comum do paciente ir a óbito. Outros pacientes sentem falta de ar, cansaço, dor no peito podendo se estender para o rosto, para as costas, braço esquerdo e raramente também ao braço direito, mas suporta por não querer incomodar e isso acontece frequentemente por pacientes masculinos, e não necessariamente idosos. São aqueles que acreditam que “vai passar”.

    Ainda há aqueles que, começam a sentir dor no peito, cansaço, sudorese, falta de ar e mal-estar, que podem se estender por algumas horas e, se a área acometida ela obstrução for grande, o coração fica ainda mais comprometido e o paciente perde a consciência temporariamente e, se, por alguma razão, demoram algum tempo para chegar no atendimento de emergência, podem ir a óbito. Dificilmente há como reverter o processo que se encontra neste estágio, na obstrução das coronárias.

    É importante que se diga que, o infarto fulminante não necessariamente pode sempre causar a morte, depende muito do atendimento médico ser realizado no menor espaço de tempo, entre os primeiros sintomas e o atendimento propriamente dito.

    Mais uma vez repetimos as causas que levam a este diagnóstico: o sedentarismo, falta de movimentação física, não necessariamente exercícios físicos, mas uma simples caminhada pode ajudar e, principalmente a falta de prevenção quando se vai ao médico somente quando os sintomas são graves. Consumo exagerado do cigarro e do álcool.

    Alimentação com processamento industrial, consumo de muito sal, sódio e hereditariedade com pré-disposição a doenças cardíacas, são as causas mais comuns, aliadas ao diabetes, colesterol alto, hipertensão e principalmente o mal do século que é o stress em excesso. Na verdade, tudo depende muito do estilo de vida que se leva.

    É esse estilo de vida que vai ditar a prevenção ao infarto, principalmente o fulminante.

    A visita a um especialista vai ajudar a evitar casos de infarto.  Para os casos em que a obstrução é menor que 50% das coronárias, é possível se reverter o processo. Estatisticamente na imensa maioria dos casos de infarto, a obstrução não passa de 30 a 40% e se houvesse um tratamento preventivo, o paciente estaria com saúde e ao lado dos seus familiares.

    Como já disse, realizamos os exames de rotina e conversamos sobre seus hábitos no dia a dia que podem dizer muito da saúde do seu coração.

    Venha nos fazer uma visita. Podemos ajudá-lo a ter uma vida saudável e feliz ao lado dos seus familiares.

    Quer saber mais sobre esse e outros fascinantes assuntos da saúde do coração e da hemodinâmica, ou precisa agendar uma consulta?

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    Imagem: Freepik / Foto criada por @DCStudio 

    Marcelo Puzzi

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