Quatro meses após o anúncio oficial da “Prainha” de Maringá, município afirma estar na fase de conclusão dos estudos de implantação. Obra deverá ser entregue em dezembro de 2024.
Por Victor Ramalho
Anunciado oficialmente para a imprensa em janeiro, as obras do Parque das Águas de Maringá ainda não iniciaram. Quatro meses após a abertura oficial da “nova fase” do projeto, o município alega que ainda está na fase de conclusão dos estudos de implantação do parque, que ficou popularmente conhecido entre as pessoas como “Prainha” de Maringá.
O Parque das Águas nasceu como uma brincadeira nas redes sociais, pelo menos é a impressão que a maioria das pessoas têm. Em uma publicação no Instagram em 1º de janeiro de 2022, o prefeito Ulisses Maia (PSD) afirmou: “Estou pensando em implantar uma prainha artificial em Maringá. O que acham da ideia?”.
Semanas após a repercussão do Post, Maia deu entrevista à CBN Maringá, afirmando que o projeto era real e sairia do papel. Ao longo de 2022, o município chegou a reservar três áreas para estudos de implantação – os mesmos que ainda estão sendo executados, mas nada de concreto ocorreu.
Em 4 de janeiro desde ano, 1 ano após o anúncio oficial, o município anunciou que o Parque das Águas agora faria parte de um projeto maior, que iria integrar os trabalhos de várias secretarias municipais. O que existe de concreto, até o momento, é o terreno escolhido para o projeto: uma área de oito alqueires (193.600,00 m²), declarada de utilidade pública por meio do decreto nº 1191/2022, na Gleba Ribeirão Maringá, às margens da PR-317.
Por meio de nota enviada ao Maringá Post nessa segunda-feira, 15 de maio, a Prefeitura de Maringá informou que o cronograma está mantido, com a previsão de entrega em dezembro de 2024 – último mês de mandato de Ulisses Maia -, mas ainda sem data de início das obras ou valores envolvidos. Ainda de acordo com o município, o Executivo aguarda a conclusão dos estudos para então começar a definir os editais de licitação.
A estimativa de custo apontada pelo município, em janeiro, era de R$ 50 milhões. Do total, cerca de R$ 6 milhões envolveriam a compra do terreno, que é alvo de denúncia no Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Foto: Mileny Melo/Arquivo/PMM
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