Foto: Fábio Dias
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) promoveu uma palestra de capacitação para preparar seus servidores sobre como realizar um atendimento humanizado a pessoas autistas e a família. Foram abordados o Transtorno do Espectro Autista (TEA), os comportamentos, os termos adequados, a regulação emocional e a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Mais de 140 servidores participaram do evento, realizado na Escola Superior de Polícia Civil (ESPC), em Curitiba.
O delegado Rafael Vianna, diretor da ESPC, enfatiza a oportunidade de os funcionários terem acesso ao conteúdo da capacitação. “A PCPR está sempre atenta às questões mais atuais e às necessidades de aprimoramento, de atualização dos policiais. Essa palestra sobre o autismo se enquadra nesse contexto”, disse.
A palestra foi ministrada pelo coordenador da Organização Neurodiversa pelos Direitos dos Autistas – Onda, Fábio Cordeiro, que considera a iniciativa essencial, não apenas pelo conhecimento que transmite, mas até mesmo pela vivência, já que ele próprio é autista.
“Eu, como autista, tenho a oportunidade de levar vivências que, às vezes, uma pessoa que não convive dentro do espectro do autismo não teria como colocar”, explicou. “A gente fala muito em conscientização dentro da comunidade do autismo. Quando falamos do assunto para outros segmentos, como os policiais que trabalham na comunidade em geral, o conhecimento automaticamente será disseminado”.
No curso, os policiais passam a entender a importância do acolhimento. Eles são orientados a manter e melhorar os serviços prestados a fim de realizar um atendimento moderno, que garantirá agilidade e eficiência em todo o processo.
“Como a gente trabalha diretamente com público nas delegacias, é de extrema importância saber identificar quando uma pessoa precisa de um atendimento diferenciado”, disse a escrivã Elizangela Rodrigues, que participou da capacitação.
PRESENÇAS – Participaram do evento a presidente do Sinclapol, Valquíria Tisque; a coordenadora de ações solidárias da Assembleia Legislativa do Paraná, Rose Traiano; a diretora-geral da Secretaria da Justiça e Cidadania, Rubia Rossi; a médica psiquiatra Cláudia Paola; e a pedagoga Carla Lourenço.
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