No papo de especialista desta semana, o Maringá Post apresenta uma entrevista com a professora, pesquisadora e diretora do curso de Pós-graduação do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), Marcela Bortotti Favero.
Foto: Reprodução/Facebook Marcela
A pesquisadora, que é doutora na área da administração, falou acerca do Marketing Social e da exploração sexual infantil, com base em sua pesquisa autoral que analisou peças publicitárias divulgadas pelo Ministério do Turismo.
A pesquisa teve um recorte de 9 anos de análise e a pesquisadora analisou 7 campanhas publicitárias que incentivavam a denúncia da exploração sexual infantil, dos anos de 2010 a 2019.
O abuso e exploração sexual infantil é definido como o ato praticado por pessoas que usam crianças ou adolescentes para satisfazer desejos sexuais.
Englobando também toda a forma de exploração sexual de criança e adolescente com o incentivo à prostituição, à escravidão sexual, ao turismo sexual e à pornografia infantil.
Durante a entrevista, Marcela ressaltou a importância do trabalho com as famílias de crianças e adolescentes que são propicias a incentivarem a exploração sexual.
“Precisamos de programas que auxiliem no desenvolvimento dessas famílias, para que elas saiam das situações de vulnerabilidade social e não utilizem as crianças como moeda de troca. Muitos acabam fazendo isso, pois não possuem recursos mínimos para a sobrevivência”, conta a pesquisadora.
O Brasil possui uma característica sexual turística muito forte, o que permite que muitos estrangeiros visitem o país acreditando que não existe regras e que tudo é voltado para a desmoralização.
“Temos que trabalhar com as ações que são mostradas para fora do país. Entendendo como queremos ser vistos. Como um país apenas do Carnaval e desordem? ou um país que além do Carnaval oferece cultura?”, complementa.
É primordial que campanhas incentivem e demonstrem que o contrário ocorre no país, ressaltando e denunciando situações que coloquem crianças e adolescentes em risco.
“O Marketing Social auxilia na construção da sensibilização e da tentativa de alcançar novos comportamentos através das mensagens e campanhas”, finaliza.
Quer assistir a entrevista na íntegra e pegar todas as contribuições da pesquisadora?
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Foto: Aamir Mohd Khan/Pixabay
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