No feriado, manifestações em Maringá ganham reforço de agricultores da região

Os manifestantes aproveitaram o feriado para seguir reclamando contra o resultado da eleição; usando tratores, ruralistas participaram do movimento em Maringá.

  • As manifestações contra os resultados das eleições ganharam, nesta terça-feira, 15, o reforço de agricultores e trabalhadores de propriedades rurais que trouxeram tratores de sítios e fazendas da região para a avenida Mandacaru, em frente ao Tiro de Guerra.

    Os manifestantes aproveitaram o feriado para seguir reclamando contra o resultado da eleição, negando o resultado que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Para os manifestantes, houve fraude nos resultados. Mesmo com as declarações de entidades que fiscalizaram a apuração dos votos, atestando a validade dos resultados, os manifestantes insistem na nulidade das eleições.

    O próprio vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou em recente entrevista ao canal TC, no Youtube, que não acredita na possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas.

    Segundo ele, se em algum momento houvesse ocorrido fraude, ela já teria sido descoberta, pois demandaria o envolvimento de muitas pessoas e alguém já teria deixado “escapar” o fato. “Esse país é um país que ninguém mantém segredo”, disse.

    Mourão chegou a dizer: “alguém ia tomar um porre algum dia e ia abrir esse jogo”.

    Na opinião do vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, como todo equipamento que envolve as redes de computadores, as urnas também são passíveis de sofrer ataques, mas ainda assim entende que não há razão para desacreditar dos resultados das urnas.

    Antidemocráticas – As manifestações que ocorrem em Maringá e noutras cidades do Brasil, inclusive na capital da República, Brasília, são consideradas antidemocráticas porque, entre outras coisas, incitam as Forças Armadas a agirem contra o rito democrático.

    As Forças Armadas não são um poder – como o Executivo, Legislativo e Judiciário; estão a serviço da soberania nacional, respeitando as hierarquias estabelecidas e sob comando do presidente da República.

    Uma ação das Forças Armadas contra o resultado das eleições seria um golpe, pois implicaria numa ruptura do texto constitucional – algo que o próprio presidente Jair Bolsonaro tem insistido que nunca faria. “Ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”, declarou dois dias após o resultado das eleições.

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