Região de Maringá tem 693 novos casos e duas mortes a mais por dengue em uma semana

Os dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que no Paraná, o aumento é de 23% no número de casos confirmados da doença.

  • O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (03) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma mais quatro mortes em decorrência da doença, aumentando para nove o número total de óbitos no Paraná. Os dados são do 36º Informe Epidemiológico do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e segue até julho de 2022. Os pacientes que morreram eram das regiões de Cascavel e Maringá.

    O informe registra ainda 109.574 casos notificados no Paraná. São 15.230 a mais na comparação com a semana passada. Além disso, há 37.048 confirmações de casos, um aumento de 23,45% em sete dias. Na 15ª Regional de Saúde de Maringá, foram confirmados 693 novos casos e as duas novas mortes. Agora, são 3.436 confirmações da doença.

    Dos 374 municípios que registraram notificações de dengue (93,7% do Estado), 309 já confirmaram a doença (77,4%). De acordo com o relatório, 269 deles confirmaram casos autóctones no período, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes.

    “Infelizmente o número de mortes cresce, assim como o de casos. É essencial o atendimento clínico e diagnóstico rápido da doença, para que os pacientes sejam avaliados pelos serviços de saúde. Nossas equipes de vigilância e atenção acompanham os casos e atuam em todas as regiões do Paraná na orientação e capacitação dos profissionais de saúde para o controle da doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

    Óbitos
    A Sesa informa a morte de mais quatro pacientes. São três mulheres e um homem com idades entre 10 e 87 anos. Eles residiam em Catanduvas e Cascavel, de abrangência da 10ª Regional de Saúde, e Ivatuba e São Jorge do Ivaí, da 15ª RS. Os óbitos ocorreram entre 1º e 8 de abril de 2022.

    Ações
    A equipe da Seção de Apoio Logística de Insumos e Equipamentos (Scali), a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores (DVDTV) e o Núcleo de Vigilância Entomológica de Maringá estão na 10ª Regional de Saúde de Cascavel para promover, nos 25 municípios da região, capacitações e orientações para os supervisores de campo e coordenadores dos agentes de combate a endemias, no combate ao vetor.

    Nesta quarta-feira (4), uma equipe da DVDTV estará na 5º Regional de Saúde, em Guarapuava, para um encontro com gestores de saúde, médicos e enfermeiros. O assunto será o diagnóstico e manejo clínico do paciente com sintomas de dengue para orientar as equipes quanto à assistência aos casos suspeitos.

    Infestação predial
    A Sesa publica nesta terça-feira (3) o 2º informe entomológico de 2022, referente ao período de 01/03/2022 a 29/04/2022. O documento apresenta os principais criadouros do Aedes aegypti no Estado. Os dados são provenientes do levantamento entomológico realizado pelos municípios e informados à Secretaria. Criadouros como lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, são os principais depósitos passíveis de remoção e representam 38,2% dos criadouros encontrados.

    O informe também aponta que depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção (sanitários estocados, etc.) e objetos religiosos correspondem ao 2º grupo de maior relevância para o ciclo de vida do mosquito.

    Outro depósito importante, que corresponde a 16,5% dos criadouros, são os locais de armazenamento de água, no solo, como as cisternas e caixas d’água. Com ações simples de remoção, proteção, limpeza e destinação adequada de resíduos sólidos, é possível evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

    Confira o Informe completo AQUI.

    Comentários estão fechados.