“As secretarias sonham, mas nós precisamos manter os pés no chão”, afirma Silvio Barros sobre reforma administrativa

Atualmente, Prefeitura de Maringá conta com 332 cargos em comissão e 35 secretarias municipais. Em entrevista ao Maringá Post, Silvio Barros (PP) afirmou que município já recebeu as demandas de todas as pastas para estruturar uma reforma administrativa do Executivo. Próximo passo é verificar “aquilo que efetivamente faz sentido”.

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    A Prefeitura de Maringá segue trabalhando uma reforma administrativa municipal. Ao menos é o que garante o prefeito da cidade, Silvio Barros (PP). Em entrevista ao Maringá Post, o chefe do Executivo afirmou que o município já recebeu demandas das secretarias municipais para estruturar uma nova composição.

    De acordo com Barros, algumas pastas “sonham” ao apresentar demandas, enquanto é tarefa do prefeito “manter os pés no chão”.

    “Nós já demandamos isso de todas as secretarias. Cada secretaria apresentou a sua proposta e o que nós estamos agora é estudando o que foi proposto para saber se faz sentido. É óbvio que quando você pede para uma secretaria te apresentar as demandas estruturais, eles sonham, mas nós precisamos manter os pés no chão. Então, eu sou obrigado a analisar as demandas deles, daquilo que é possível, aquilo que efetivamente faz sentido, e nós precisamos fazer um filtro, porque acontece de ter secretaria querendo assumir uma determinada área e outra secretaria também querendo trabalhar na mesma área”, exemplificou o prefeito.

    A realização de uma reforma administrativa municipal é tema de debate desde o fim de 2024, pouco antes de Silvio Barros (PP) assumir a Prefeitura para um terceiro mandato. Pelo segundo ano seguido, Maringá é a cidade com o maior número de secretarias municipais, considerando apenas os cinco maiores municípios do Estado. Atualmente, são 35 pastas, entre secretarias e autarquias.

    A título de comparação, Curitiba tem, em 2025, 34 secretarias para gerir uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, enquanto Londrina, com mais de 550 mil, tem 32, considerando municípios maiores que Maringá. Ponta Grossa, que vem logo abaixo, tem 22 pastas em seu organograma e Cascavel tem 26 secretarias e autarquias.

    Conforme um levantamento realizado pelo Maringá Post, com dados do Portal da Transparência, são 332 cargos em comissão ocupados no poder Executivo maringaense. São 291 funções na Prefeitura, 18 no Instituto de Pesquisa e Planejamento (Ipplam), 17 no Instituto Ambiental de Maringá (IAM) e 6 na Agência Maringaense de Regulação (AMR).

    Ainda conforme o prefeito de Maringá, a reestruturação do Executivo também passa por analisar a reunificação de algumas secretarias que foram desmembradas. A expectativa é de que o texto da reforma possa chegar na Câmara ainda neste semestre.

    “Ela precisa acontecer (a reforma administrativa). Nós precisamos fazer uma adequação da estrutura da cidade para atender as necessidades que a população tem apresentado e essas necessidades são dinâmicas, elas mudam. Mas algumas coisas são meio óbvias e nós estamos agora estudando, por exemplo, por que o abrigo das crianças está na Assistência Social (SAS) e não na Secretaria da Juventude? Por que os imigrantes são atendidos pela SAS e pela Secretaria da Juventude, com problemas de comando? Se a limpeza pública é um serviço público e a infraestrutura também, por que elas estão separadas? Então tem uma série de coisas que nós estamos analisando e que nos levam a entender que é preciso fazer um rearranjo, uma reestruturação para que a cidade funcione com mais eficiência”, disse o chefe do Executivo.

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