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O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), explicou porque o município optou por não contratar, neste momento, vigilantes para as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Demanda que se arrasta desde o início do ano, com o término do contrato com a empresa terceirizada que prestou os serviços em 2024, a questão segue indefinida.
Em março, a Prefeitura teve um edital para a contratação dos serviços suspenso após pedidos de impugnação de empresas participantes. No fim de julho, o Executivo lançou um edital para a contratação de serviços de vigilância desarmada, que pode chegar a R$ 21 milhões, para suprir a demanda de diversas secretarias municipais, mas que não contemplou a Educação.
Em entrevista ao Maringá Post, Silvio afirmou que a cidade analisa o ‘custo-benefício’ de uma solução, que pode passar por um sistema de vigilância eletrônica que seja ‘interativo’. Conforme o chefe do Executivo, técnicos das secretarias de Educação e de Segurança Pública visitaram outros municípios para estudar soluções, já implantadas, que sejam “mais interessantes” do que a contratação de vigilantes.
“Nós estamos com a nossa equipe da Secretaria de Segurança e da Secretaria de Educação que foram visitar outras cidades para conhecer outros sistemas de segurança que pudessem ter uma relação custo-benefício mais interessante para nós e que a gente possa oferecer a segurança necessária para as escolas, tanto para os funcionários quanto para os alunos. A gente ouviu as diretoras sobre o sistema que estava funcionando antes e fizemos uma análise das ocorrências para poder saber que tipo de estrutura de segurança a gente precisa”, disse.
Ainda segundo o prefeito, o antigo modelo não evitaria casos de vandalismo como o registrado em uma escola do Conjunto Requião, no fim de julho.
“Esse estudo nos leva a uma identificação de alternativas mais interessantes do que o que a gente tinha, até porque a vigilância que a gente tinha, ela só funcionava no horário de aula. Nós não tínhamos vigilância à noite nem no final de semana. Então, quando as pessoas falam que o que aconteceu lá no Requião não precisava ter acontecido se a vigilância ainda estivesse lá, ia acontecer do mesmo jeito, porque com o contrato de vigilância eles não estariam lá no final de semana. Então, nós estamos estudando uma coisa que possa funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, para dar o resultado que a gente espera. Esse estudo foi feito e nós estamos agora na fase de elaboração dos Termos de Referência, do que deve e como deve ser feita a segurança das escolas”, explicou.
“Nós temos, sim, algumas alternativas de solução para isso, que funcionaram muito bem em outras cidades e que a gente espera que funcione aqui também. Que se deu certo em outros lugares, porque não daria certo aqui? É um sistema de vigilância eletrônica, sim, mas interativo. Ele não é apenas uma vigilância externa. É uma vigilância onde quem está no local pode interagir com o sistema de segurança”, completou Silvio Barros.
O chefe do Executivo também falou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Patrulha Escolar da Guarda Municipal. O plano de trabalho dos agentes envolveu a divisão da cidade em quatro setores, com rondas sendo feitas diariamente.
“A gente avançou nesse período com a criação da Patrulha Escolar da Guarda Municipal. Então, nós dividimos a cidade em quatro quadrantes, colocamos um veículo novo, zero quilômetro, e a mesma equipe trabalhando nesses quadrantes de maneira que, hoje, a nossa equipe que trabalha, por exemplo, no quadrante Noroeste, ela já sabe onde fica cada escola e cada creche, ela tem o contato dos professores, dos diretores e os guardas municipais construíram uma relação pessoal para que, na hora que for necessário, eles possam ser acionados da maneira mais rápida possível”, finalizou.
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