TCCC vai à Justiça para pedir cumprimento de frota mínima durante greve dos motoristas de ônibus em Maringá

De acordo com a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), empresa pediu ao menos 90% da frota em circulação. Há a expectativa por uma decisão nas próximas horas. De acordo com o prefeito Silvio Barros (PP), sindicato que representa a categoria “não se mostrou disposto a absolutamente nada” durante a rodada de negociações ocorrida nesta quinta-feira (10).

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    As empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde buscaram a Justiça do Trabalho para solicitar que os motoristas do transporte coletivo disponibilizem a frota mínima, exigida por lei, em circulação durante a greve. A paralisação da categoria teve início à 0h desta quinta-feira (10).

    Em contato com o Maringá Post, a TCCC informou que solicitou ao judiciário que ao menos 90% da frota esteja em circulação durante o movimento. Há a expectativa de que uma decisão seja proferida nas próximas horas.

    Por meio de nota enviada à imprensa, as empresas informaram que a rodada de negociações, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ocorrida na tarde desta quinta (10) não teve êxito. A reunião foi acompanhada por representantes da Prefeitura, que é o poder concedente do serviço.

    Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta, o prefeito Silvio Barros (PP) afirmou que município e empresas apresentaram as condições para atender as reivindicações da categoria. O Executivo solicitou ao Sindicato que representa os motoristas um prazo de 60 dias para analisar o impacto econômico da redução da intrajornada, que é a principal reivindicação da classe. Conforme o prefeito, o Sindicato se mostrou “irredutível”.

    “O sindicato não se mostrou disposto a absolutamente nada. Flexibilidade rigorosamente igual a zero. […] A Justiça do Trabalho faz o processo de tentativa de conciliação e nós tivemos a reunião com o Ministério Público do Trabalho, com o juiz do trabalho hoje, na tentativa da conciliação. Devo dizer, e como essa audiência está gravada, eu não tenho nenhum problema em afirmar isso, que tanto o juiz quanto a promotora estranharam a irredutibilidade do sindicato, porque nós explicamos o que era possível ser feito, eles entenderam perfeitamente as restrições legais que a gente tem, mas o Sindicato se mostrou absolutamente irredutível. Então, o que podia ser feito até agora foi feito”, afirmou.

    Desta forma, a greve ainda não tem prazo para ser encerrada. Em contato com o Maringá Post pela manhã, o Sinttromar, que representa os motoristas, disse que as empresas do transporte coletivo atropelaram a pauta de reivindicações ao definir o reajuste da tarifa antes do acerto com os profissionais. O Sindicato ponderou que a pauta não é apenas econômica, mas por “melhores condições de trabalho”.

    No papel, os motoristas pedem reajuste salarial de 8%, vale alimentação de, no mínimo, R$ 800 e redução do intervalo intrajornada. Até aqui, as empresas oferecem 6% de reajuste, vale fixado em R$ 700 e a promessa de estudar o impacto da redução da intrajornada.

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