Paraquedista maringaense quebra recorde em competição internacional com 104 atletas em queda livre

O feito reuniu 104 atletas de seis países (Brasil, Equador, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile), que saltaram em uma formação precisa no céu.

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    O paraquedista maringaense Fabrício Macoto, de 44 anos, alcançou uma das maiores realizações de sua carreira ao integrar um time que quebrou o Recorde Sul-Americano de Formação em Queda Livre.

    A competição aconteceu na Carolina do Norte, Estados Unidos, entre 16 e 20 de junho deste ano.

    O feito histórico reuniu 104 atletas de seis países (Brasil, Equador, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile), que saltaram simultaneamente em uma formação precisa no céu. Veja a foto a seguir:

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    Foto: Fabricio Macoto

    Esse tipo de salto exige muito treinamento, pois todos os paraquedistas devem se posicionar corretamente e formar uma figura específica durante a queda livre. Além disso, eles não podem trocar de lugar, e um único erro pode comprometer toda a formação. Se qualquer pessoa ficasse fora do lugar ou falhasse na execução, a equipe inteira perderia a chance de registrar o recorde.

    Para Macoto, esse espírito de equipe é o diferencial do paraquedismo, pois o recorde não foi uma competição individual em que os atletas tentam “ganhar” um do outro. Em vez disso, todos trabalharam juntos para alcançar o objetivo comum.

    “Quando falamos em ‘recorde’ em qualquer modalidade esportiva, é alguém vencendo alguém por milésimos de segundos. No paraquedismo, o recorde só vale quando todos estão conectados e unidos entre nós. Aí que está a magia”, explica.

    Paixão pelo esporte

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    Paraquedista maringaense Fabricio Macoto / Foto: Arquivo pessoal

    Fabricio Macoto descobriu sua paixão pelo paraquedismo ainda na infância, quando assistiu à abertura dos Jogos Olímpicos de Seul em 1988. Ele conta que viu os paraquedistas descendo no estádio e ficou fascinado.

    “Aquela imagem ficou gravada na minha memória, e eu disse para mim mesmo: ‘Um dia, ainda vou fazer isso.’ Anos depois, em 2002, realizei meu primeiro salto — e desde então, nunca mais parei.”

    Atualmente Macoto trabalha como corretor de imóveis e paraquedista profissional na escola Fly Londrina, aos finais de semana. Além disso, ele é presidente da Federação Paranaense de Paraquedismo.

    Segundo ele, foi uma grande honra representar Maringá em um recorde de paraquedismo: “Levar o nome da cidade para um evento internacional, ao lado de vários atletas sul-americanos, reforçou o quanto nossa cidade tem potencial. Espero que, nos recordes futuros, possamos contar com um número ainda maior de atletas maringaenses”.

    Após alcançar grandes marcos na carreira, Fabrício agora volta seu olhar para o futuro do paraquedismo no Paraná.

    “Meu principal objetivo agora é continuar investindo na formação de novos atletas pela Fly Paraquedismo. Ver novos talentos surgindo e crescendo dentro da nossa escola é, hoje, uma das minhas maiores motivações”, conclui.

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