Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Consumidores de Maringá podem ter saído dos postos de combustíveis com o tanque mais vazio do que o indicado no visor da bomba. Uma fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) flagrou equipamentos fornecendo até 3% menos combustível do que o valor pago pelo cliente. A margem de erro máxima permitida por lei é de apenas 0,5%.
Esta é uma das descobertas de uma ampla operação na cidade, cujas informações foram apuradas pela jornalista Luciana Peña, da rádio CBN Maringá. A ação resultou, até o momento, na autuação de 51 bombas de combustível por irregularidades diversas.
Segundo o chefe do escritório regional do Ipem, Michel Ravazzi, a violação de lacres que dão acesso à regulagem dos equipamentos foi outra infração comum encontrada pelos fiscais, o que representa um grande risco de fraude. Quando um problema é detectado, as consequências são imediatas. “O instrumento é interditado até que passe por manutenção. Lavramos um auto de infração e é aberto um processo administrativo”, explica Ravazzi. As penalidades para os estabelecimentos podem variar de uma advertência a multas de até R$ 1,5 milhão.
A varredura, que se estende até o dia 16 de junho, já inspecionou 1.292 bombas em 82 postos de Maringá desde o início de maio. Desse universo, 459 equipamentos foram reprovados em uma avaliação inicial, o que levou a uma análise mais aprofundada e às autuações. “O objetivo da fiscalização é assegurar que a quantidade de combustível fornecida […] esteja correta e que os instrumentos estejam em condições seguras, sem vazamentos e bem conservados”, reforça o chefe do Ipem.
O instituto salienta que, apesar de a operação ter data para terminar, a fiscalização pode ocorrer a qualquer momento, especialmente para averiguar queixas. Cidadãos que desconfiarem da medição de alguma bomba podem e devem denunciar. As reclamações são registradas pela ouvidoria do Ipem, através do telefone 0800 645 0102, e geram um protocolo para uma futura inspeção no local.
Comentários estão fechados.