Jornalista maringaense Victor Faria retrata 160 anos de sua família em livro ‘O Começo dos Dias Que Me Restam’

A obra busca dar voz às pessoas do passado, muitas vezes esquecidas ou silenciadas, mas cujas histórias são essenciais para compreendermos quem somos.

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    O jornalista maringaense Victor Duarte Faria, que já passou por vários veículos de comunicação – incluindo jornal impresso, rádio, televisão e portais de notícias – agora se aventura com o lançamento de seu primeiro romance, intitulado “O Começo dos Dias Que Me Restam”.

    Esse é o segundo livro lançado pelo autor, que em 2020 escreveu “O Sol de um Novo Jeito”, onde conta histórias de imigrantes que escolheram Maringá para viver.

    Na sua mais nova obra, Victor conta a história das gerações de sua família, começando pela sua tataravó Francisca, ou “Chica”. Nascida em 1884, antes da Lei Áurea, ela foi a primeira mulher de sua linhagem a nascer livre, filha de escravizados.

    A escrita começou em dezembro de 2024, quando Victor estava passando o natal sozinho na Espanha, já que sua esposa Mariana tinha voltado para o Brasil. Em um momento de introspecção, ele começou a ver as fotos de sua família nos grupos de mensagens. Foi então que ele se deparou com a foto de sua tataravó, tirada em 1984, quando ela completou 100 anos.

    Com essa descoberta, Victor foi atingido por uma onda de inspiração. “Quando eu vi, eu estava já imerso na história, conversando com tios avós, com amigos do meu avô, com tias avós, com vó, com pai, com mãe, e fui coletando algumas histórias e mesclando com os aspectos ficcionais. Então, na verdade, a história são 160 anos da minha família, desde 1884, quando nasce a minha tataravó, a Francisca, até 2024, quando eu começo a redigir esse livro”, conta.

    O intuito da obra é dar voz às pessoas do passado, muitas vezes esquecidas ou silenciadas, mas cujas histórias são essenciais para compreendermos quem somos.

    “Quando eu escrevi, eu queria fazer um tributo à minha tataravó, que foi uma mulher que criou as filhas sozinha, da minha bisavó, que depois foi também abandonada pelo marido, e depois chegou no meu avô”, explica o escritor.

    A sinopse do livro é uma viagem sem endereço pelo Brasil e um passeio sensível pelo tempo, que convida o leitor a uma leitura crítica sobre a sociedade e sobre o povo brasileiro.

    Para mais informações sobre o livro e para adquiri-lo, acesse este link e siga o autor no Instagram: @victorduartefaria.

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